Essa semana foi marcada pela revolta dos usuários do serviço de trens no Rio de Janeiro, cuja maioria absoluta é composta por trabalhadores de baixa renda, moradores das Zona Norte e Oeste e da Baixada Fluminense, que, diariamente, além de sofrerem com a superlotação das composições e constantes atrasos, ainda passam por constantes humilhações como aquela filmada há um tempo atrás, onde agentes de segurança, usavam a alça do apito para chicotear as pessoas e as entulhar para dentro do trem, como se fossem gado. Esta semana um trem parado há mais de uma hora próximo a estação de Nilópolis, que permaneceu com as portas fechadas, obrigando os passageiros, incluíndo idosos, a saírem pela janela foi o estopim de uma revolta que acabou em quebra-quebra e um trem incendiado. A mídia e aqueles que circulam pela cidade em seus carros com ar condicionado, falaram de vandalismo, mas peço licença para recorrer ao sempre atual escritor alemão Bertold Brecht para definir o ocorrido:
"Dizem violentas as águas de um Rio que tudo arrasta, mas não dizem violentas as margens que as oprimem"
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