domingo, 20 de dezembro de 2009

MITRA E EU


Em 1996, meu amigo Bigu me presenteou com uma filhote de pitbull, filha de sua cadela Samantha. Resolvi dar-lhe o nome de Mitra, que na revista do Conam era o nome de uma deusa. Esta cadela que foi uma das provas definitivas de que os cães desta raça, como de qualquer outra só são agressivos se para isso forem educados, minha amiga há mais de 13 anos na última sexta-feira, já idosa e sofrendo devido aos sintomas da doença do carrapato, morreu em meus braços, quando, eu havia decidido abreviar seu sofrimento, pois seu fígado já havia parado de funcionar. Ela, como querendo tirar este fardo do meu coração simplesmente deu um uivo final e partiu para o andar de cima. Muito obrigado querida Mitra, pela sua presença na minha vida e da minha família. Descase em paz querida

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

12 DE NOVEMBRO: DIA MUNDIAL DO HIP HOP



Em novembro é celebrado o mês da consciência negra e, por isso, a cena hip hop carioca com o apoio da Secretaria Estadual de Educação, da Secretaria Municipal de Cultura e do Oi Futuro vai promover um grande encontro para ajudar nesta conscientização. Dia 12 de novembro (quinta), acontecerão na cidade do Rio de Janeiro diversos encontros de artistas envolvidos com este movimento e atividades baseadas nos quatro elementos da cultura hip hop: Rap, DJ, Grafite e B. Boy.

A ideia é se reunir em uma tarde de celebração, mobilização e conexão, onde diversos artistas e ativistas da cena hip hop, além de grupos e instituições vão, juntos, reforçar o ‘espírito plural’ deste movimento. O evento será uma marcha que começa na Candelária, passa pelas ruas do Centro até chegar ao Buraco do Lume, no Largo da Carioca. As Secretárias Estaduais Adriana Rates, de Cultura e Tereza Porto, da Educação e o Subsecretário Municipal de Cultura, Mario Del Rei, reconhecendo a importância da cultura hip hop para as ações de educação e política cultural da cidade, também participarão do evento.

Com performances de B.Boys, Jam Sessions com MC’s, rachas de DJ’s e intervenções de grafite, o Hip Hop Celebra quer integrar diversas tribos, além de abrir espaço para o funk, reggae, samba, poesia, teatro, circo e outros grupos artísticos da cidade, porque nesta cultura todas as manifestações são bem-vindas. A tarde contará ainda com shows de alguns dos mais expressivos grupos e artistas do cenário carioca

Para encerrar o evento, a exibição do documentário “L.A.P.A.”, do Caví Borges e Emílio Domingos, que trata do universo do hip hop e do cotidiano de quem busca sobreviver de música no Brasil, tudo ambientado no tradicional e boêmio bairro da Lapa.

Sobre a História do Hip Hop

Em 12 de novembro é comemorado o ‘Dia Mundial do Hip Hop’ e o aniversário da Zulu Nation Universal. Vale lembrar que Nova York, em especial o bairro do Bronx, nessa época era assolada por guerras de gangues juvenis. E o MC/DJ Afrika Bambaataa, com seus apoiadores reuniram os jovens para, em vez de se matar, realizar suas batalhas através da dança. Uma dança de rua pacificadora, geradora de harmonia, com suas mensagens cantadas através de poemas ritmados e impressas nas artes dos grafites. Assim nasceu uma cultura que hoje está cada vez mais viva e ativa, principalmente nas grandes cidades do mundo.

No Brasil, esta cultura chegou na década de 80 e, mesmo sem o apoio da grande mídia, conquistou corações e mentes juvenis. E é isto que o Hip Hop Celebra vai comemorar. Paz, harmonia e consciência juvenil. Uma mistura de atividades e manifestações artísticas, com base nos elementos desta cultura.

O Opalão76 Hip Hop Crew e a Nação Hip Hop Brasil estarão presentes neste dia, que pode significar um passo para alguma união do movimento hip hop carioca, tão fracionado por divergências pequenas e até mesmo por preconceitos. O funk mostrou que a unidade é fundamental para que haja avanço e vitórias.


Serviço: Hip Hop Celebra
Dia: 12 de novembro (quinta-feira)
Local: Centro da Cidade (concentração: Candelária l encerramento: Buraco do Lume)
Horário: a partir das 12h
Entrada Franca
Censura Livre

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O álbum do ano



The Blueprint 3 é o décimo primeiro álbum de hip hop do rapper americano Jay-Z, lançado 8 de Setembro de 2009 pela sua editora discográfica, Roc Nation, nos Estados Unidos. O álbum foi lançado digitalmente e no Reino Unido no dia 11 de Setembro de 2009, e o lançamento mundial a 14 de Setembro do mesmo ano. É o capítulo final da trilogia Blueprint, precedido pelo aclamado pela crítica The Blueprint (2001) e seu seguimento do The Blueprint ²: The Gift & The Curse (2002). O álbum inteiro foi vazada em 31 de Agosto de 2009. Após o seu lançamento, o álbum recebeu geralmente opiniões positivas dos críticos de música, com base em uma pontuação total de 65% de 100% do Metacritic. O álbum vendeu cerca de 476.000 cópias na semana de estreia.

Jay-Z, que depois do "The black album" soltou rumores de que iria encerrar a carreira, sem dúvida alguma é um dos nomes mais bem sucedidos do hip hop mundial. Além dos milhões de CDs vendidos e de ser namorado da Beyoncé, o rapper ainda é dono de uma gravadora (Rocca Fella), de uma marca de roupas (Rocca Wear) e de uma marca de vodka. "The blueprint 3" reafirma esta diferença de Jay-Z, que com talento e experiência nos proporciona um excelente álbum, que foge do atual estereotipo do Rap americano dominado abolutamente pelo bounce, que é aquela batida lenta e quebrada, que tem em Lil Wayne e Soulja Boy os seus principais nomes atuais e está presente em 9 de cada 10 novas produções.

Dentre as várias músicas boas do disco, tem vaga cativa nos meus sets: "Run this down" (feat. Kanye West & Rihanna), "Empire state of mind" (feat Alicia Keys) e "Already home" (feat. Kid Kudi).

BERTOLD BRECHT



Essa semana foi marcada pela revolta dos usuários do serviço de trens no Rio de Janeiro, cuja maioria absoluta é composta por trabalhadores de baixa renda, moradores das Zona Norte e Oeste e da Baixada Fluminense, que, diariamente, além de sofrerem com a superlotação das composições e constantes atrasos, ainda passam por constantes humilhações como aquela filmada há um tempo atrás, onde agentes de segurança, usavam a alça do apito para chicotear as pessoas e as entulhar para dentro do trem, como se fossem gado. Esta semana um trem parado há mais de uma hora próximo a estação de Nilópolis, que permaneceu com as portas fechadas, obrigando os passageiros, incluíndo idosos, a saírem pela janela foi o estopim de uma revolta que acabou em quebra-quebra e um trem incendiado. A mídia e aqueles que circulam pela cidade em seus carros com ar condicionado, falaram de vandalismo, mas peço licença para recorrer ao sempre atual escritor alemão Bertold Brecht para definir o ocorrido:

"Dizem violentas as águas de um Rio que tudo arrasta, mas não dizem violentas as margens que as oprimem"

terça-feira, 29 de setembro de 2009

WASSUP? NESTA QUINTA NO CLANDESTINO



Algum tempo afastado da produção cultural devido aos meus compromissos na Secretaria de Cultura, estou voltando aos poucos. A primeira empreitada é a festa WASSUP? que estréia nesta quinta no Clandestino (Rua Barata Ribeiro, 111 - Copacabana) a partir das 23h. Nesta nova festa, estarei sempre recebendo um DJ convidado. Na estréia, nesta quinta (01/10)estarei recebendo o DJ Tucho (Opalão76). No dia 15/10 é a vez da DJ Flávia Xexéo ser a convidada.

Como é tradicional, rola aquela listinha amiga - R$10 de entrada até 0:30h. É só mandar os nomes para opalao76@ig.com.br até as 18h do dia da festa.

"O disco gira e o Opalão76 roda, porque jacaré parado vira bolsa"

domingo, 27 de setembro de 2009

VEM AÍ A 1ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA


Após anos de isolamento, o Rio de Janeiro finalmente se integra ao Sistema Nacional de Cultura e realiza a sua 1ª Conferência Municipal de Cultura nos dias 24 e 25 de outubro no Palácio Gustavo Capanema, no Centro. A Conferência, que irá dar as diretrizes para a eleboração do Plano Municicpal de Cultura em harmonia com as orientações do Plano Nacional de Cultura, também elegerá delagados para a Conferência Estadual.

A 1ª Conferência Municipal de Cultura, começou com reuniões preparatórias por linguagem e será precedida das pré-conferências regionais, onde haverão discussões e serão eleitos os delegados da conferência. Estas são as datas e locais:

3/10/2009 – 8 às 17h
Bangu – Lona Cultural Hermeto Pascoal, Praça 1º de Maio
Campinho – Escola de Samba Tradição, Estr. Intendente Magalhães, 160
Pechincha – Lona Jacob do Bandolim, Pça. do Barro Vermelho
Andaraí – Escola de Samba Salgueiro, R. Silva Telles, 104
Centro – Teatro Municipal Carlos Gomes, Praça Tiradentes, s/n
Copacabana – Sala Municipal Baden Powell, Av. N.S. Copacabana, 360

4/10/2009 – 8 às 17h
Campo Grande – Auditório da Faculdade UNISUAM, R. Alfredo de Moraes, 548
Olaria – Clube do Olaria, R. Bariri, 251.

17/10/2009 – 8 às 17h
Centro – Teatro Municipal Carlos Gomes, Praça Tiradentes, s/n
Copacabana – Sala Municipal Baden Powell, Av. N.S. Copacabana, 360

As inscrições poderão ser feitas até 30/09 pelo site www.rio.rj.gov.br/conferenciamunicipaldecultura

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O FIM DE MAIS UMA HIPOCRISIA



O Rio de Janeiro parece dar sinais de está começando a se livrar da sua triste tradição de hipocrisias e oportunismos políticos paliativos midiáticos. Depois de derrubar a absurda lei que causava embaraços para a realização de bailes funk e raves, agora outro ítem proibido, fruto da cidade volta a ser legalizado: o MMA (antigamente conhecido como vale-tudo).

Esta modalidade esportiva que há muito vem conquistando fãs em todo o mundo, que possui várias revistas especializadas e inclusive um canal de TV por assinatura, que movimenta milhões de dólares planeta à fora, desde setembro de 1997 estava proibida na cidade do Rio de Janeiro, berço deste esporte. Na ocasião e eu estava presente, em um torneio de vale-tudo realizado no ginásio do Tijuca Tenis Clube, no meio da luta principal da noite entre Renzo Gracie (Jiu-Jitsu) e Eugênio Tadeu (Luta Livre) houve uma pane de luz que provocou a interrupção do combate. Na sequência começou uma pancadaria na platéia e o evento terminou desta forma triste. Na época, o então Secretário Municipal de Esportes, José Moraes, reuniu os presidentes das entidades ligadas a luta na prefeitura - onde estive também representando a Liga Carioca de Jiu-Jitsu - e anunciou que por decisão do então Prefeito Luis Paulo Conde, o Vale-Tudo estava proibido na cidade do Rio de Janeiro.

É aquela velha piada: ocorreu um problema. Em vez de se procurar as causas do problema e procurar medidas efetivas de organização para que o problema não volte a acontecer, preferem proibir. Com isso gera-se o fato na mídia e atende-se aquela parcela reacionária que encara tudo como "perturbação da ordem pública". Único dos presentes a contestar de forma veemente a medida ( a Liga talvez fosse naquela reunião a única entidade não patrocinada pela Secretaria de Esportes) eu fiz a comparação: "engraçado: quantas pancadarias já tiveram em jogos no Maracanã, inclusive com mortes? E aí? proibiram o futebol?" No que fui abafado pelos puxa-sacos de plantão, que deram razão ao Secretário.

Neste sábado, dia 12 de setembro, no Maracanãzinho, o Rio terá de volta o velho e bom vale-tudo, agora altamente profissionalizado e com o nome universal de MMA (Mixed Martial Arts), com o apoio das 3 esferas do poder público. As antigas rivalidades entre as artes marciais foram superadas, uma vez que hoje em dia, um só tipo de técnica não é mais o suficiente para se conseguir a vitória, o que obriga esta trasnversalidade de técnicas, que leva um lutador a treinar com professores de outras modalidades e com isso a tensão ficou bem menor, principalmente entre as torcidas. Que o Bitetti Combat seja o primeiro de vários eventos e que ocorra na maior organização e paz possível

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A VITÓRIA DO FUNK



Deputados estaduais do Rio votaram, no início da noite desta terça-feira (1º), a favor da revogação da lei que impõe normas para a realização de eventos como raves e bailes funk em comunidades do Rio. Na mesma sessão, os deputados também aprovaram o projeto de lei que define o funk como movimento cultural.

A lei revogada nesta terça era de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia no governo de Rosinha Garotinho, e foi aprovada no dia 27 de maio de 2008

O projeto de lei aprovado será encaminhado para a sanção do governador Sérgio Cabral. Segundo a assessoria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a nova lei assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk e diz que os assuntos relativos ao estilo sejam, prioritariamente, da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura.

Centenas de funkeiros e admiradores do ritmo carioca ficaram reunidos em frente Alerj, com carro de som, aguardando a votação dos deputados estaduais.

Grandes nomes não só do funk, mas também do samba, estavam presentes nas escadarias da Alerj: Neguinho da Beija-Flor e Ivo Meirelles, que levou a bateria da Mangueira para o encontro. DJ Malboro e Rômulo Costa (fundador da Furacão 2000) comandam o movimento, enquanto MC Leonardo (presidente da Associação de Profissionais e Amigos do Funk) e MC Júnior animavam mais de 400 pessoas que se aglomeraram em frente à Alerj.

Além do nosso apoio expressado aqui no blog e em outros canais da internet, estivemos presentes, tanto na audiência pública (foto ao lado do camarada Guilherme da Nação Hip Hop), como também na votação da ALERJ. O mais interessante foi ver aquele monte de deputado que votou à favor da lei fazendo mea culpa e se dizendo "funkeiro desde crinacinha". Até o reacionário deputado Flávio Bolsonaro subiu à tribuna para dizer que "desde criança ouvia a Furacão 2000".

Bem, independente de qualquer coisa, não posso deixar de destacar a união do movimento funk (quem dera que isso acontecesse no hip hop) liderado pelo MC Leonardo à frente da APA-Funk e também a dedicação do Deputado Marcelo Freixo, que comprou o barulho e encaminhou o processo dentro da ALERJ.

Foi um momento histórico, não só para o funk, mas para a cultura brasileira, esta que no seio de sua "intelectualidade" infelizmente ainda é tão preconceituosa.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PLAYLIST ATENDENDO À PEDIDOS

Lil Wayne feat Young Money - Every girl
Maino feat T-Pain - All the above
MV Bill - O bonde não para
Chali2Na feat Talib Kweli - Lock shit down
Kid Cudi feat Kanye West & Common - Poker face
Yung LA feat Young Dro & TI - Aint I
Nelly feat Diddy & Biggie - 1000 stacks
Kurupt - I´m burn
Jadakiss - Who´s real?
Fabolous - Everything everyday everywhere
New Boyz - You´re a jerk
Drake - Best i ever had

Reflexões antigas, que se atualizam no dia-a-dia

“ Essa minha independência
provém da minha coerência
de perder a paciência
com qualquer tipo de interferência
que venha afetar a minha essência
não abro mão da minha consciência
e fica aqui minha advertência
à todo aquele que vive de maledicência
pois não conta com minha benevolência
nenhuma espécie de clemência
e não me venha com papo de carência
pra justificar sua insuficiência
meu irmão, toma tendência
pois pro injusto eu não bato continência
o que garante minha existência
por mais que torçam pela minha falência
se curvam diante da minha imponência
que provoca sua indefectível impotência
pois só se estabelece quem tem competência
três ponto cinco de vivência
garante essa experiência
caráter sim, por excelência
O Rap é minha bandeira e minha influência
dignidade, postura e decência”

domingo, 2 de agosto de 2009

As histórias da "pista"

Conforme foi noticiado em primeira mão pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, em sua coluna Gente Boa do jornal O Globo, comecei a escrever um livro com o título provisório de "Na pista" - da gíria carioca que significa "na rua", "na vida", onde vou retratar as histórias que vi, vivi e ou vi ao longo de mais de 30 anos de vida. Aqui, para os amigos leitores do blog, antecipo a sinopse de uma delas:

"O M da verdade" - Havia um sujeito que andava por Botafogo, que, sem sombra de dúvidas era um dos maiores cascateiros. Vou chamá-lo pela alcunha de Menerval para preservá-lo. Dizia que era sobrinho do Roberto Carlos , que o seu pai era assessor do então governador Brizola, que por isso só assistia o jogo na tribuna de honra do Maracanã (foi visto várias vezes na antiga geral), entre outras mentiras. Mas as mais cabeludas foram ele dizendo que estava pegando onda na praia em frente ao Hotel Merdidén e o mar estava tão alto, mas tão alto, que ao furar uma onda, deu pra ver a Morada do sol do outro lado do morro. E por último: ele estava descendo a Joatinga de carro (niguém nunca o viu dirigindo algum) e perdeu o freio. Não restando alternativa, deu um soco no velocímetro e com muito custo, forçou o ponteiro até o carro parar. E o tal Menerval era um sujeiro meio marrento e queria brigar com quem questionasse suas histórias. Ele sempre usava um boném com a letra M estampada. O povo costumava dizer que era o "M da verdade".

Estas e muitas outras, até o próximo verão, em todas as livrarias, ou bancas de jornais, botequins, camelô....

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O DIREITO, O FUNK E A HIPOCRISIA

Constituição Federal :
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;


A nossa Constituição completou em outubro do ano passado 20 anos de existência. O seu texto, que apesar do domínio de conservadores no Congresso Constituinte, avançou em uma série de coisas, principalmente no que diz aos direitos e garantias individuais, previstos no art. 5º supra mencionado e em todos os seus 77 incisos, considerado “cláusula pétrea”, ou seja, não pode ser alvo de emenda constitucional, só podendo ser modificado por uma nova assembléia constituinte. Fizemos questão de mencionar o texto do inciso IX por uma razão em particular.

Desde o dia 18 de junho do ano passado está vigor no Estado do Rio de Janeiro a Lei 5.265, de autoria do ex-deputado Álvaro Lins, que impõe uma série de condições para a realização de bailes funk e festas de música eletrônica “denominadas raves”. Entre as exigências para a obtenção de uma autorização para o funcionamento, cujo pedido deverá ser protocolado com uma antecedência mínima de 30 dias, está o “nada a opor” do delegado de polícia e do comandante do batalhão da PM do local do evento. Ou seja, o direito da livre expressão da atividade artística previsto em uma cláusula pétrea da Constituição fica à mercê de delegados e comandantes da PM, o que vem gerando protestos que culminaram com a criação da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APA-FUNK) que tem como presidente o MC Leonardo, que vem lutando para derrubar o texto da lei por ser além de inconstitucional, preconceituoso, dando margem à abusos, com a proibição do Funk, hoje produto de exportação de nossa música, nas mesmas comunidades onde foi criado e de onde saíram seus principais artistas.

Semana passada, a Red Bull organizou um evento em comemoração aos 40 anos do Funk, o Red Bull Funk-se, onde reuniu em uma escola estadual da Tijuca, vários artistas, intelectuais e autoridades para falar sobre a história do Funk desde os seus primórdios até a cena atual, incluindo aí esta lei de cunho fascista, que praticamente proíbe os bailes nas comunidades, deixando o ritmo apenas para as boates da Zona Sul, onde os filhos da elite se divertem, enquanto a favela não tem o direito de expressar sua própria cultura. Este evento da Red Bull teve o apoio das Secretarias estaduais de Educação e de Cultura, que manifestaram o seu reconhecimento à esta face da cultura “vinda do andar de baixo”. No sábado, o evento foi fechado em um grande festão na Fundição Progresso, que reuniu desde o lendário Gerson King Combo com o seu Soul até os DJs e MCs do Funk atual. Tudo ocorreu na maior paz possível e até às 5h, quando a festa terminou não houve registro de quaquer tipo de tumulto.

Confesso que fiquei muito satisfeito com o resultado deste evento, que inclusive teve depoimentos expressivos como o do delegado de polícia Orlando Zaccone, que defendeu o Funk como cultura e a liberdade para a realização de seus bailes nas comunidades.

Hoje, ao abrir o jornal, vejo a declaração do novo comandante-geral da PM do Rio, Coronel Mário Sérgio Duarte, de que irá aumentar a repressão aos bailes funk “porque eles contribuem para o aumento da violência nas comunidades”. Ou seja, como a lei confere aos comandantes de BPM o poder de autorizar ou não a realização dos bailes, realmente as comunidades devem ficar sem a sua diversão. O funk no Rio, independente dos temas fúteis e muitas vezes até pornográficos que hoje dominam suas letras, sempre foi uma manifestação legítima da favela, assim como acontece com o Rap em São Paulo, que também é associado à violência, como também aconteceu com o samba no passado, quando era tratado como “coisa de favelado vagabundo”. Todos ritmos vindos das comunidades, es da cultura negra, e por isso menosprezados pela elite conservadora (apesar de seus filhos e netos gostarem).

Hoje é o dia mundial do Rock, que assim como a música eletrônica hoje em dia, foi associado ao consumo de drogas e também perseguido. Toda esta história me lembra aquela do marido que soube que sua mulher o traía com o vizinho no sofá da sala. Qual foi a solução? Tirar o sofá da sala.

Infelizmente em pleno ano de 2009, a hipocrisia de nossos governantes ainda é forte e sempre que possível, a senzala se mostra viva, apesar das leis em defesa dos direitos do cidadão, que se tornam letra morta a cada execução de um inocente na favela, em cada pontapé que é dado na porta de um barraco, em cada abuso de autoridade que faz mais do que atual a letra do hino da Internacional Socialista, composta em 1870, por Eugene Pottier quando o mesmo fala que “o crime do rico a lei o cobre, o Estado esmaga o oprimido. Não há direitos para o pobre e ao rico tudo é permitido”.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

CIC SOFRE INCÊNDIO

A sede do Centro Interativo de Circo (CIC), localizada no andar térreo da Fundição Progresso na Lapa sofreu, quinta passada, um incêndio que destruiu suas instalações e parte de seu equipamento. O CIC, que é uma ONG que vem prestando serviços importantes à cultura do Rio com suas diversas oficinas que oferece de forma generosa à população, ficou conhecido no meio do Hip Hop por sediar as batalhas de MCs "do Conhecimento" e "Resciclando pensamento". A primeira, comandada pelo MC Marechal, estará a partir de agosto, rodando o circuito das lonas culturais, o que já havia sido fechado entre o "Cavalo Banguela" e a Secretaria Municipal de Cultura.

O CIC, como seu coordenador, Gerard costuma relembrar, foi construído com muito esforço no local onde era o lixo da Fundição Progresso, na época de sua ocupação. A sua parcial destruição gerou muita comoção. Mas sabemos que da mesma forma que foi construído, poderá ser reconstruído, agora com a ajuda de centenas de pessoas que por lá passaram. Força Gerad! Nossa solidariedade.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON MORRE AOS 50 ANOS



De acordo com o jornal "Los Angeles Times", a agência de notícias Associated Press e sites de celebridades como o TMZ, o cantor Michael Jackson morreu nesta quinta-feira depois de ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center. Ainda não há confirmação oficial.



De acordo com a rede de TV CNN, Randy Jackson, irmão do cantor, afirmou que ele sofreu "um colapso em sua casa". Familiares do músico foram chamados ao hospital.


De acordo com nota publicada no site do "LA Times", o oficial Steve Ruda disse que Jackson não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa. Eles realizaram reanimação cardiopulmonar no local antes de conduzir Jackson para o hospital.

Procurado pelo site especializado em celebridades "E! Online", o pai do astro, Joe Jackson, disse que ele teve uma parada cardíaca. "Ele não está bem", afirmou. "A mãe dele está indo para o hospital neste momento para vê-lo. Não tenho certeza do que aconteceu. Estou esperando uma resposta deles."

O porta-voz do corpo de bombeiros de Los Angeles, Devin Gales, não confirmou a identidade de Jackson, mas disse que os paramédicos atenderam a um chamado feito no endereço do cantor às 12h21 locais.

Procurado pela AFP, o agente do cantor, Tohme E. Tohme, não foi encontrado para comentar a internação.

Fonte: Portal G1

Michael Jackson foi e sempre será o eterno rei do pop. A Black Music perde um de seus maiores ícones. Michael teve boa parte de sua vida marcada por escândalos e principalmente pelas inúmeras cirurgias que desfiguraram o seu rosto. Talvez a vida inteira ele apenas buscasse ser ele próprio, aquele menino de cabelo black power que encantou o mundo com sua voz afinada, seu swing, sua dança. Onde quer que esteja, que consiga alcançar finalmente este objetivo. Descanse em paz

terça-feira, 23 de junho de 2009

CIRCUITO CULTURAL TABAJARAS NESTE SÁBADO - 27/06



Neste sábado, dia 27/06 acontecerá o evento CÍRCULO CULTURAL TABAJARAS, organizado pelos produtores Cabbet Araújo e Fábio Tabach, em conjunto com as Associações de Moradores do Bairro Peixoto e do Morro dos Cabritos, com uma série de atividades culturais sendo realizadas em volta do morro dos Tabajaras, em Copacabana ( a programação pode ser conferida no www.euqueroajudar-tabajaras.blogspot.com).
O evento, que conta com o apoio institucional do Opalão 76 Hip Hop Crew, terá como momemento maior o "abraço da paz" que pretende reunir 5 mil pessoas ao redor da comunidade do Tabajara. Eu estarei com outras pessoas organizando o ponto de concentração, que será em frente à Adega Pérola - Rua Siqueira Campos, 138 a partir das 14h.
Convido todos à participarem e, se possível, ajudar na divulgação.

Segue abaixo a programação:

SÁBADO 27/06

NA RUA

Ladeira dos Tabajaras, 20 – 15:30h – Dadá Coelho + Denis Linhares + Alessandra Reis + Luiz Felipe Guimarães + Malabares;
Ladeira dos Tabajaras, 126 – 15:30h – Adriana Lima + Marcos Chaves + Antônia Pellegrino + Graça Motta + Valéria Martins + Interferência Sound System (ISS - dub / dancehall)
Ladeira dos Tabajaras, 145 – 13h – Pedro Stephan + Exposição de fotos + Grafite + Esperança + Paz
Ladeira dos Tabajaras, 240 – 14h – Os Sem Teatro – performance "BOCA DE CENA" + Ana Paula Chaib + Paula Goja + Gustavo Rizzotti;
Ladeira dos Tabajaras, 300 – 15:30h – Pato Roco + Luis Salém + Diogo Vilela + Binho + Binho S.
Ladeira dos Tabajaras, 360 – 09h - Gruta do Bode + Leda + Aline + Jéssica
Ladeira dos Tabajaras, 381/397 – 09h – Grafite + Piá + toz + br + ment + big + João Lelo
Ladeira dos Tabajaras, 474 – 12h – Free Style Off Dance + Marlon + Nilson + Orlando + Estradinha
Ladeira dos Tabajaras, 530 – 15h - Cardoso + Adriel + Alan + Breno + Hélio + Cocheira
Ladeira dos Tabajaras, 544 – 09h – Grafite + el ninho + nhozias + gais + lamarca + Pedro Porto + acme Interferência + Jaqueline + Lucas + Luzinete + Almir
Ladeira dos Tabajaras, 563 – 12h – Bar/o Predador + Dudu + Lalá + Tecão + Xuxu + Tânia
Ladeira dos Tabajaras, 632 – 15:30h – Ronaldo Scheiner + Bianca + Fatinha + Deyse Tigrona + Rafael + perna de pau
Ladeira dos Tabajaras, 668 – 15:30h – Rosa + Lais + Neli + Tatiana Dauster
Ladeira dos Tabajaras, 681 – 09h – Quadra da Villa Rica – Luiz Olívio + Maria Padilha + Cadu Fávero + George Sauma + Vanda + bazar + Brechó + Exposição + festa + alegria + amor + paz + grafite + esperança + Jack da Estradinha + MKD + Eve + imagem + Calaboca Lab – Laser Tag
Euclides da Rocha, 01 – 15h – Sassá + você + eu + Lukas Escobar
Euclides da Rocha, 82 – 15h -Tereza + Cláudio + Escola de Futebol
Euclides da Rocha, 81 – 15h – Dito + Regina + Liliane Mundim + Pedro Mundim
Euclides da Rocha, 120 – 15h – Creche + Lúcia Nobre + Sandra Bonadeus
Euclides da Rocha, 49 – 12h – Lar Don Pedro + Bruno Ribeiro + Bruno Cyon + Exposição + grafite
Euclides da Rocha – 180 – 12h – Dona Ana + Manga + Maurício + Jonatahn Luiz + Gilmar + Wallace + Banda do colegio MARIA WERNECK (Iraja)
Euclides da Rocha, 48 – 15h – Campo de futebol + Bino + Huan + Dinho + Jean
Euclides da Rocha, 370 – 15h – José Carlos + Ana + Victor Valentim + Vitor Damaceno + Marcela Moura
Euclides da Rocha, 13 – 15h – Bar do Antônio + Junior
Euclides da Rocha, S/N – 15h – Carlos + Ivan + Reinaldo + União e Lazer
Euclides da Rocha – 15h – Bar do Tuica + Ladeira do Barroso
Euclides da Rocha – Bar do Simião + Caminho do Boi
Euclides da Rocha, 376 – 15h – Capela + Viviane + Leandro;
Euclides da Rocha, 399 – 12h – Junior + Keila Araújo + Recicláveis + Exposição
Euclides da Rocha, 411 – 15 – Igreja + Padre Henrique + Fátima Marculino
Euclides da Rocha, 420 – 15h – Tuninho + Beatriz + Dani
Euclides da Rocha, 438 – 12h – Brechó + Denise + Leomarcos + Nelson
Euclides da Rocha, 421 – 12h – Armazém do Jaime + Sandra Farias + Marcos + Marcelo + Maria das Graças
Euclides da Rocha, 506 – 9h – Bar do Eliésio + DJ Kong (hip hop jazz) + Dj Chico Abreu + DJ Lucio K (MPB) + DJ Teddy-O + DJ Keer + musica + arte + Grafite + Eliésio
Euclides da Rocha, 496 – 13h – Cemasi + Ed. Maria Vitória + Teatro + Invisível Companhia + Free Style - Perfomance + Convidados: Pequena Orquestra, Bailarina de Vermelho e Coelho Branco sobre Branco + Claudinho + Renato Borges + Luiz Fernando Guimarães + Adriano Medeiros + Valéria + Leandro + Chico + Ivan
Euclides da Rocha, 508 – 09h – Bar do Bahiano + Grafite + Bar do Deroso + Carlos + DJ + Pedro Mezzonato + DJ Bernardo Campos + DJ Lissa
Euclides da Rocha, 600 – 15h – Nika + Matheus Nachtergaele + Giulio Lage + Vavá + Skate + Bárbara Borgga;
Euclides da Rocha, 589 – 12h – Jaca´s Bar + álvaro + Victor Tardim + Skate + Paulo Alan + malabares
Euclides da Rocha, 716 – 09h – Bar do Cantão + Estafaneo + Bar Mhz + Grafite + obs + bragga + couve + nhaf + tm1 + gloye + DJs + Pachú + Nepal + DJ Ziggy + DJ Tatsu Carvalho + Lequinho + Você + Eu
Rua Debaixo – 15h – Escadaria + Nil + Ricardo Gonzáles + Ernesto Solis + Kika Calache + Chico + Na Beca + Marcone Paterson + Clarisse Miranda + Éricson Pires + Letícia Isnard
Rua Debaixo – Final Escadão - Jailson + Chitão + Luiz + Skate + Grafite
Henrique Oswald, 206 – 15h – Heloisa + Michel + Fogo na Cueca + Malabares

Henrique Oswald, 188 – 14h – Bem Viver + Sônia + Escola de Música Atitude, aos 50 anos da Bossa”
Henrique Oswald, 164 – 15h – Marcos Ribeiro + Bia Salgueiro + Bianca Clark + Álvaro Clark + Alessandra Clark + Sandra Brito
Henrique Oswald, 140 – 15h – Cesinha + Andréa + Zelito + Galaera BP
Henrique Oswald, 104 – 15h – Degrau + Carmen + Claudia (SAC) + Horácio Magalhães
Henrique Oswald, 92 – 15h – Sales Carneiro (AMORA 5 de Julho) + Chicão (AMA Leme) + Paulo Heráclito (5ª RA)
Henrique Oswald, 191 – 15h – OASIS + Vera + Airé + Sonia + Bia
Henrique Oswald, 231 – 15h – Marcus Vinicius + Jaqueline + Idalina + Marita + Regina + Manuel
Henrique Oswald, 241 – 15h – Leonardo + Marina Vianna + Malu Galli + Affonso Tostes
Henrique Oswald/Escadaria lateral do Túnel – 15h – Oscar + Ana + Belinho + Jorge
Henrique Oswald/Escadaria lateral do Túnel – 15h – Jeremias + Claudia + Magno
Praça Vereador Rocha Leão/Lateral do Túnel – 15h – Julia + Magno + Bento + João Vicente
Praça Vereador Rocha Leão/Lateral do Túnel – 15h – João Pedro + Gabriela + Camila + Velentin
Praça Vereador Rocha Leão, Escadaria do 572 – 15h – Anotnio + Maria José + Sergio Careca + malabares
Praça Vereador Rocha Leão, 110 – 15h – In Fitness Center + Jamanta
Praça Vereador Rocha Leão, 74 – 15h – Casa do Gelo
Praça Vereador Rocha Leão, 74ª – 15h – Kicorte + João Paulo
Praça Vereador Rocha Leão – 15h – Ãncora Bar + Sr. Gentil + Matheus Marinho + Teto Preto
Siqueira Campos, 248 – 13h – Delegacia do Chopp
Siqueira Campos, 244 - 15h - Ananias Caldas + César Alarcon + Vinicius Reis
Siqueira Campos, 238 – 15h – Rafael Medina + Fotografias
Siqueira Campos, 232 – 15h – Milton Cunha + Claudinha + Vida + Mônada;
Siqueira Campos, 228 – 15h – Judô + Beto + Projeção
Siqueira Campos, 216 – 15h – Verônica + Sergio Maia + Jaime + vida + esperança + Capoeira
Siqueira Campos, 210 – 15h – Antônio + cus cus + Juan
Siqueira Campos, 202 – 15h – Point 202 By Junior e Edigard
Siqueira Campos, 182 – 15h – Travessa Santa Margarida + Pará + Moraes + Germano + Edmilson + Celebridade
Siqueira Campos, 170 – 15h – Cláudia + Entre Tanto + Cila Mac Dowell + Lavínia Góes + Magrão + Diogo + Chico + Hélio + Zequinha
Siqueira Campos, 158 – 14h – Kadu Machado + Mandala + Edmundo + Badaró + Chaulim + Wellington
Siqueira Campos, 138 – 14h – Fosfobox + Vídeo + Imagem + Nadia Hully Guly + música – Rodrigo Ciani + DJ Saddam + Alberto + Adega Pérola + Beleza 4 + Japri Coiffeur
Siqueira Campos, 132 – 15h – Creche Irmãos Batista + Lucia + Mariza + Chiquinho + Marcelo Kraus + Alê
Siqueira Campos, 118 – Lanchonete Tia Joana + Patty Lobo + Technofriends + Oops! + Dr. Bruno + Dra. Mônica + Posto Celso de Barros
15:30h – Concentração para o Abraço da Paz
16:30h – Abraço da Paz

QUADRA DA VILLA RICA

NO PALCO

12h – Apresentação da bateria da Escola de Samba Villa Rica.





14h – Teatro – Companhia Monte de Gente com os atores Sérgio Somene + Vicente Coelho + Daniel Uryon + Chico Sampaio + Marilia Prata + Oliívia Zisman + Cesar Miranda + Marcelo Valentim + João Lucas Romero + Lucas Oradovschi + Roberta Maia + Julia Shimura + Cláudia Martins + Arthur Ferreria + Pedro Benevides + Julio Diniz + Pedrinhu + Sirian + Antônio Escobar + Carla Ferraz + Helena Castro + Magno Casemiro + Alê Souto.



17h – Poesia – Lúcia Nobre + Sandra Bonadeus + Recital Pablo Lapidusas + show de MPB com a cantora Tatiana Dauster + Show com Bárbara Borgga + Show Por Acaso e Fissura Total – Pagode + Cartel Mc´s + DJ Saddam – Hip Hop + DJ Pachu – Hip Hop e electro + DJ Nepal – Electrofunk + DJ Risada e os Sem Vergonha – Funk + Rapper Fiell do morro Santa Marta + DJ Pedro Piu – House e Funk House + Show com Deise Tigrona – Funk + Ba$ Comando – Jhon Woo e Felipe Blunt – Electrofunk + [ x ] Calaboca (Laser Tag) + Agusto Amaral + Vagner Donasc + Marcelo Mac + Bruno Queiroz


NA TENDA

13h – Workshop – Parangolés Tabajaras + Fantasias para o Abraço.+ Liliane Mundim





14h – Oficina/bate papo com os atores Maria Padilha, Luiz Fernando Guimarães e Matheus Nachtergaele.




17h – DJ Túlio – Rock + DJ Beto Artista – Pop Rock – Wake Up + DJ Tito – Rock + DJ Lissa – Minimal Tech e Tech House + DJ Rodrigo Corrêa – House + DJ André Araújo – House + DJ Binho S – House e Electrohouse + DJ Pedro Zopelar – Nu Disco e House + DJ RM2 – House + DJ Renato Bastos – Techno + DJ Breno Ung – Live Houzed funk + DJ Bernardo Campos – Minimal Tech e House + DJ Pedro Mezzonato – Minimal Tech.




SERVIÇO:




PRÉVIA:

Festa Funk It – Fosfobox – dia 26/06 – sexta-feira – 23h – Campanha do Agasalho

Entrada: $30,00
Traga um agasalho e pague apenas $15,00 de entrada.





ABRAÇO DA PAZ:

27 de junho – sábado – 17h – Todo o morro de portas abertas – Entrada Franca




FESTA DE ENCERRAMENTO:

27 de junho – Quadra da Escola de Samba Villa Rica

das 20h às 5h – Ladeira dos Tabajaras, 681 – Info: (21) 2548.7498 – Entrada: $5,00

domingo, 21 de junho de 2009

PLAYLIST

Atendendo mais uma vez a pedidos, posto mais uma relação de algumas músicas que tenho tocado em meu set. Hoje, pleno domingão de inverno é um dia propício para correr atrás e baixar:

1- Madcom - Begin
2- Young Buck feat Jazze Pha - I know you want me
3- Busta Rhmes feat Alfamega - Tide is high
4- Chali 2na - So crazy
5- B Real & La Bruha -Fuego
6- Soulja Boy - Turn my swag on
7- MV Bill - É nóis e a gente
8- Jamie Foxx - Blame it
9- Birdman feat Lil Wayne - Always strapped
10- Keri Hilson feat Lil Wayne - Turnin me on

SOBRE A DECISÃO DO STF QUE DERRUBOU A EXIGÊNCIA DO DIPLOMA PARA JORNALISTAS

O Supremo Tribunal Federal, instância máxima de nosso sistema judiciário e que tem como função maior, a de guardião do texto da Constituição Federal, derrubou esta semana, por 8 votos a 1 a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Os ministros do STF entenderam que a lei que exigia o diploma, promulgada no regime militar, em 1969 era contrária ao texto da Constituição de 88, pois restringia a liberdade de expressão e informação, prevista em seu artigo 5°, que trata dos direitos e garantias individuas, sendo, por sua importância, cláusula pétrea - aquele dipositivo que não pode ser alvo de emenda constitucional.

Mês passado, o mesmo STF, havia derrubado a aplicação da Lei de Imprensa, o que foi amplamente comemorado por todas as entidades ligadas ao jornalismo. Na oportunidade, o STF utilizou a mesma justificativa legal - a incompatibilidade com a CF de 88 noq ue diz respeito à restrição da liberdade de expressão. Portanto, o nosso Pretório Excelso não poderia tomar outra decisão que não fosse a derrubada da exigência do diploma para o exercício do jornalismo, sob pena de entrar em profunda contradição.

Algumas entidades, como a ABI, protestaram contra a decisão, outras, também ligadas ao jornalismo, concordaram. Na minha visão, legal e pessoal, o Supremo agiu de forma acertada e, aqueles que obtiveram seus diplomas universitários não devem ser prejudicados, pois o fato de serem graduados, inevitavelmente pesará na hora de uma contratação. Em contrapartida, várias pessoas, como eu por exemplo, que há 22 anos escreve para rádio, jornal, revista e no território livre da internet, poderão obter o seu registro profissional. Vale lembrar que a muitos jornalistas consagrados, que iniciaram suas carreiras antes da vigência da lei e, na época, foram beneficiados pelo princípio do direito adquirido, jamais tiraram diploma e nem por isso deixaram de ser brilhantes. Competirá agora aos sindicatos avaliar a história de cada um para filtrar a concessão dos registros. Um avanço.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

QUARTA - VÉSPERA DE FERIADO TEM BOOM BAP! NO CLANDESTINO


Após duas edições que lotaram até de manhã o Clandestino, em Copacabana, a festa BOOM BAP! volta nesta quarta - 10/06 - véspera de feriado com os residentes DJs SADDAM e TAMENPI recebendo o convidado DJ SPENLUNK direto dos EUA.

Lista amiga do Opalão 76 Hip Hop Crew: R$10 até 1h - é só mandar e-mail com os nomes para opalao76@ig.com.br até às 19h do dia da festa.

VIRADÃO CARIOCA FOI UM SUCESSO




O Viradão Carioca, evento promovido pela Secretaria Muncipal de Cultura, com mais de 300 atividades espalhadas pela cidade da Zona Sul à Zona Oeste terminou ontem à noite com um saldo positivo. Apesar do curto espaço de tempo para a sua organização - foram apenas dois meses - o evento ocorreu de forma muito satisfatória e alcançou seus objetivos. As Lonas Culturais foram sedes de shows antológicos: destaque para os tributos à Simonal com Elza Soares e Farofa Carioca, em Vista Alegre e à Tim Maia, que teve a Banda Original (ex-Vitória Régia) recebendo Sandra de Sá e Tony Garrido, em Santa Cruz, levando o público ao delírio e emocionando de forma contagiante os artistas.

No Galpão Aplauso - parceiro do evento junto com a Globo Rio e a RioTur - aconteceram as atividades de cultura urbana. Conforme informado, rolou etapas extras do racha de b-boys "Face à Face" e também da Batalha do Conhecimento, apresentada pelo MC Marechal. Esta última foi vencida pelo novato MC SL, que levou para casa o troféu Maestro Sílvio Barbato, vítima do acidente com o airbus da Air France, que foi homenageado durante o evento. A Liga Urbana de Basquete, fez apresentação e oficina de basquete de rua.

O saldo deste Viradão Carioca foi muito positivo, fechando a boca dos "seca-pimenteira" de plantão, que com seus 'olhos gordurosos" faziam figa para que o evento fosse um fracasso, emitindo críticas de forma antecipada, sabe-se lá os motivos. Mas no hip hop a gente costuma falar que existem dois tipos: o falador - aquele que só vive de falar mal da vida dos outros e o corredor - aquele que indiferente às críticas e dificuldades, corre atrás de alcançar suas metas de vida. Ainda bem que nossa Secretária de Cultura, Jandira Feghali, assim como sua equipe, fazem parte deste segundo perfil, daí o sucesso do evento. Parabéns Rio de Janeiro!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

ADEUS AMIGO SILVIO BARBATO



O maestro Sílvio Barbato, ex-regente da Orquestra Sinfônica Brasileira e do Theatro Municipal do Rio, está entre os passageiros do voo AF 447 da Air France, que decolou no domingo (31) do Aeroporto Tom Jobim, no Rio, e não chegou a Paris na manhã desta segunda-feira (1º). A informação foi dada por parentes e amigos do maestro.

Conheci o maestro durante a transição da Secretaria Municipal de Cultura, quando juntos percorremos alguns equipamentos fazendo vistorias e participamos de discussões com o povo da música. Em um almoço, falando sobre o projeto de regulamentação da profissão DJ de qual sou crítico, recebi de Barbato uma defesa veemente de que nossa classe fosse regulamentada pela Ordem dos Músicos, pois assim ele via nossa classe, ao contrário de vários outros músicos que nos consideram meros "apertadores de botão". O maestro considerava tanto a figura do DJ, que organizou uma apresentação de orquestra com o DJ Rafa - ícone da cena hip hop do DF.

Também me chamou a atenção, uma pessoa que lida e tem formação de música erudita, ter os horizontes tão amplos com relação à música, abrindo defesa não só daquela "vindas do andar de baixo" como o Rap e o Funk, mas também da música eletrônica, que é atacada por vários outros músicos conservadores, muitos deles reacionários mesmo. O maestro falava com muita empolgação desta possibilidade de sincretismo cultural. Era uma pessoa simples, uma pessoa boa.

A última vez que estive com Barbabato foi durante o Rio Music Conference, na Marina da Glória, onde ele fez questão de participar do debate sobre a profissão DJ e defender o seu igresso na categoria de música. No próximo sábado, durante o Viradão Carioca, o MC vencedor da Batalha do Conhecimento receberá o "Troféu Maestro Silvio Barbato". Uma pequenina homenagem do Hip Hop a este que o sempre defendeu como cultura. O Brasil e o mundo da música perdem um grande nome e eu perco um valoroso amigo. Descanse em paz.

domingo, 31 de maio de 2009

O Hip Hop no Viradão Carioca



Como foi aqui informado, no próximo fim de semana, das 21h de sexta (5) até às 21h de domingo (7) vai acontecer o 1° Viradão Carioca da Cultura, uma realização da Secretaria Municipal de Cultura do Rio, com o apoio da Globo Rio. O Hip Hop terá seu espaço:

Na sexta, na lona cultural da Ilha do Governador, no Cocotá, Nega Gizza volta aos palcos. Antes e depois DJs ligados à CUFA se aprsentarão. Entrada: 1 lata de leite em pó ou R$5.

No sábado, a partir das 15h haverão várias atividades no Galpão Aplauso, localizado próximo à Rodoviária Novo Rio, também parceiro do evento com os DJs Pachu, Juan, LP e Marcelinho MG comandando os toca-discos, oficina e apresentação de street ball com a Liga Urbana de Basquete (LUB), o B-Boy Bala Machine comanda a Face to Face Battle e fechando a programação com chave de ouro, MC Marechal(foto) comanda a Batalha do Conhecimento. Pra galera do skateboard, o local possui mini-rampas. Entrada franca.

Galpão Aplauso - Rua General Luiz Mendes de Moraes, 50 - Santo Cristo

ENTREGUE O ABAIXO-ASSINADO DE APOIO AO VETO

Foi entregue ontem ao Secretário Executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, o abaixo-assinado em apoio à decisão tomada em assembléia pelos DJs cariocas de solicitar o veto ao Projeto de lei 740/2007 em tramitação no Senado que, entre outros problemas, reduz a profissão à condição de técnica, tem artigos de interpretação dúbia e concede ao futuro sindicato da categoria, poderes capazes de gerar autoritarismo. A lista entregue ontem contém a assinatura de vários DJs representativos da cena como Marcelinho CIC, Paulo Futura, Iky Castilho, Mauricio Lopes, Gustavo Tatá, Grandmaster Raphael, Spock, Pablo Sales e Marlboro. O Rio de Janeiro se posicionou. Se a lei será vetada ou não, isso é um caso à parte. Mas nós, DJs cariocas deixamos bem claro que não nos submeteremos às migalhas lançadas da mesa do banquete.

Aproveitando que mencionei o DJ Marlboro: Como advogado sou defensor da garantia constitucional da presunção da inocência, com o direito à ampla defesa. Como militante da esquerda neste país, acompanhei a crucificação de valorosas pessoas acusadas de várias coisas, que tiveram suas vidas destroçadas pela imprensa e, no final, provaram sua inocência. Não é demagogia. Sou pai de duas meninas de 8 anos e este tipo de delito me dá nojo, como na maioria das pessoas. Mas acho que as coisas devem ser provadas, pois quem tem boca fala o que quer.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

AGENDA

Não sou de postar agenda aqui no blog, mas diante das indagações que recebo vamos lá nas residências:

Toda quarta - Pampa Grill - Centro

Toda quinta - Mariuzinn- Centro e Alto Lapa

Toda sexta - 00 - Gávea

Todo sábado - Club Six - Lapa.

Sábado quinzenalmente - Icy Club - Ipanema

Algumas pessoas me perguntam porque não tenho tocado mais em "eventos de hip hop". Eu respondo:
1° Devido a conflitos de interesses, derivados da minha candidatura à vereador no ano passado, acabei sendo boicotado por parte dos produtores;
2° Já há algum tempo quando se referem ao meu trabalho, dependendo do lugar alegam: "ele é muito comercial" ou "ele é muito underground", quando na realidade sempre fui conhecido pela versatilidade de set que pode ser desde o underground até os "happy-hours", chopadas e festas no subúrbio e na Baixada tocando a farofada que é propícia a estes eventos;
3° No Rio de Janeiro, a sua história e o seu nome de nada valem para determinados produtores de eventos, que pra economizar R$100, R$150, preferem contratar DJs iniciantes, que nada cobram ou praticamente recebem uma ajuda de custo, sob a alegação que está "dando oportunidade a novos talentos". Quando estes DJs começam a cobrar um pouco mais, são dispensados e "novos talentos são procurados". É mais ou menos o seguinte: o cara vai fazer um evento de samba e propõem o Paulinho da Viola. Aí o cara alega: "Que Paulinho da Viola que nada! Tem o Zezinho lá da área que toca um pagode bacana, cobra 1/10 do cachê, trás uma galera da rua dele e no final dá na mesma e a gente não gasta uma grana preta"!. É mais ou menos isso.
4° Os tais "eventos de hip hop" com relação à cachê: ou pagam mal (os eventos chamados de "Zona Sul")ou não pagam nada (os chamados eventos de Rap).

Ao longo dos últimos oito anos venho me dedicando à difusão do hip hop, seja pelo rádio, seja pelos eventos pioneiros que produzi e tenho, sem sombra de dúvida uma boa contribuição para a cena estabelecida no Rio de Janeiro. Hoje, à frente das lonas culturais e dos projetos da Secretaria Municipal do Rio, tento dar mais alguns passos para a difusão dos elementos desta cultura, da qual faço parte. Várias foram as oportunidades de abertura de outras linhas de trabalho (principalmente no funk - onde fui responsável pela difusão nas boates da zona sul com o hit "Calça da Gang" e na festa Caldeirão do El Turf e na música eletrônica onde os principais DJs da cena são meus amigos) mas me mantive firme nos meus propósitos, até porque isso poderia enfraquecer a cena. Mas, de qualquer forma, me mantenho na ativa nestas cinco residências fora outros eventos que toda semana aparecem, estou produzindo e tocando de forma bimestral na festa BOOM BAP!, que lotou o Clandestino em suas duas primeiras edições e, em breve estarei iniciando o projeto TRINCA D3 em parceria com meu companheiro de Opalão76, DJ Juan e o percussionista Bruno do grupo Rio Maracatu, terei a honra neste sábado de ser um dos homenageados no tradicional Baile do Viaduto de Madureira ( pela minha iniciativa de integração das cenas black das Zonas Norte e Sul) além do retorno do site so Opalão76.

O tempo passa, passam pessoas, modas, tendências e no final das contas só os verdadeiros sobrevivem. Aos verdadeiros eu ergo um brinde! Um só caminho....

terça-feira, 5 de maio de 2009

VEM AÍ O VIRADÃO CARIOCA

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro estará realizando em conjunto com a Globo Rio o 1° Viradão Cultural Carioca nos dias 5, 6 e 7 de junho próximos, com várias atividades acontecendo na cidade de forma simultânea, com destaque para as Lonas Culturais Municipais que terão programações especiais, além dos outros equipamentos da cultura municipal. Várias atividades que já ocorrem na cidade participarão do evento por adesão. Em breve estaremos publicando a programação completa do evento, que promete entrar para o calendário da cidade e não deixar nada a dever à virada cultura paulista, na qual foi inspirada.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

DESCANSE EM PAZ AMIGO LÉO D´ILHA



Faixa-preta da lenda Carlson Gracie, o Prof. Leonardo Borges (Leo D’Ilha) faleceu na última sexta-feira, primeiro de maio, no Rio de Janeiro. Durante um mergulho na Baía da Guanabara, debaixo da ponte Rio-Niterói, o faixa-preta veio a falecer e seu corpo só foi encontrado no dia seguinte. Durante os anos dedicados à arte suave, Leo conquistou duas vezes o Pan-Americano, além de levar para casa um título Brasileiro. O enterro aconteceu ontem no cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador.

Lembro-me quando o Léo (o segundo na foto da esquerda para a direita) chegou ainda faixa azul na Academia Carlson Gracie. O apelido é fruto da sua origem: o bairro da Ilha do Governador. Fomos graduados praticamente na mesma época. Bom companheiro de treinos, boa pessoa.

Que o Mestre Carlson Gracie o receba de braços abertos.

Descanse em paz amigo

sábado, 2 de maio de 2009

EU SOU DE BOTAFOGO.....MAS TORÇO PELO MENGÃO!

Em abril de 2005 publiquei no site Bocada Forte, o maior portal latino-americano dedicado ao Hip Hop um artigo entitulado "EU SOU DE COPACABANA", pois na época eu lá morava. Como há dois anos retornei para o bairro onde fui criado, fiz a devida correção. O que vai se perceber é que, passados 4 anos, a mentalidade da chamada "galera do Rap" praticamente não mudou e ainda aparecem, para completar, umas figuras totalmente obtusas que parecem literalmente de outro mundo, falando do umbigo dos outros sem antes verificar o seu para ver se está sujo. Vamos ao texto:

"No último dia 31 de março, postei no PONTO DE VISTA do BF a lembrança do 41° aniversário do golpe militar no Brasil, que jogou o país na mais profunda repressão da história pátria, calando toda uma geração e coloquei a importância da lembrança daqueles "tempos negros", onde aqueles que eram contra o sistema eram presos, torturados e mortos, para que esta triste página nunca mais retorne à nossa realidade, hoje democrática.

Em um dos comentários ao meu ponto de vista, me chamou atenção o maniqueísmo, a ignorância e, porque não dizer a má-fé de uma pessoa que se auto-intitula do "movimento negro". Esta pessoa alegou que ao me referir à "tempos negros" exibi um racismo oculto por colocar o termo "negro" como sinônimo de ruim. Ora, isso é querer manipular ou enxergar o que não existe. O termo "tempo negro" deriva da própria meteorologia, pois quando vem chegando a tormenta (como foi a ditadura militar) o tempo invariavelmente escurece. Onde está o racismo???

O racismo está naquele que quer enxergar o racismo em tudo e todos, que quer colocar uma situação extremada num país como o Brasil, onde existe racismo sim e cuja a dívida com os afro-descendentes é enorme (apesar das lágrimas e do pedido de desculpas do presidente Lula na África). Porém o racismo que vem assolando a Europa com os resquícios do nazi-fascismo que teve no velho continente o seu berço, aqui no Brasil é tipificado como crime e vem sendo combatido pelos cidadãos conscientes que o denunciam (como o jogador Grafite) e pelas autoridades que processam o racista.

O racismo existe e deve ser combatido e denunciado, porém as pessoas procurarem racismo em tudo, acaba promovendo o racismo que diz combater, pois provavelmente a reação do tal "membro do movimento negro" não seria esta se eu não fosse branco. Infelizmente este racismo existe dento do RAP. Por mais que o cara represente a cultura, por maior que seja o seu talento ou valor, no final por grande parte da tal "galera do RAP", sempre acaba rolando o comentário: "é, mas ele é branco". E são vários os talentos brancos do RAP: Marechal, De Leve, Paulo Nápoli, Zé Gonzales, DJ Hum, DJ Pachu, DJ Tamenpi, entre outros. Esse tipo de coisa vem à tona com pequenas coisas, pequenos comentários, coisa de gente de alma pequena, mas existe.

Outra coisa: todo mundo que aparece no cenário RAP é "aproveitador", "aventureiro", "playboy", "racha-cara" e outros adjetivos. Todo mundo vai pro RAP para se aproveitar dele e se dar bem. Aí eu pergunto: tirando o D2 (que já era famoso por ser vocalista do Planet Hemp), quem se deu bem de verdade economicamente fazendo RAP???? Racionais??? MV Bill??? Cabal??? Xis???
Aonde está este pote de ouro chamado Hip-Hop que todo mundo que entra fica milionário?????? Lá fora pode até existir. Aqui quem souber me mande o endereço.
Mas mesmo assim, o zé-povinho desce o cacete em qualquer um que tenha destaque. O Bill foi no Faustão, neguinho malhou, o D2, coitado, nem se fala, no De leve tambem baixaram o pau, Vinimax ídem e por aí vai. é só começar a subir a escada que vagabundo joga pedra.

É por isso que o bagulho não consegue ir para frente, pois quando um artista do RAP consegue um destaque na mídia ou quando assina contrato com uma gravadora grande, em vez de ser comemorado como uma conquista para o RAP nacional, é tratado como "traidor", "vendido", "mó comédia", etc. Afinal, pelo que vejo por aí - com várias exceções logicamente - o cara "ser do RAP" deve ser um status que realmente abre as portas da fortuna, pois para "ser do RAP" você tem que passar pelo crivo daqueles que se julgam suficientemente representativos para fazer julgamento de seus propósitos aceitando você ou não.

Tendo adotado o "estilo foda-se" do De Leve, sigo fazendo minha correria que tem 25 anos de militância ativa, desde as "Diretas-já" em 84 até o movimento dos DJs cariocas contra a taxação do vinil importado, que tem manifestação pública marcada para o próximo 1° de maio do Rio, organizando as batalhas de MCs com boa premiação, promovendo a cena carioca, fazendo tudo de coração. Ganho dinheiro com isso?? Lógico, pois é meu trabalho e trabalho tem que ser remunerado, se não é escravo e isso é proibido desde a Lei Áurea. Mas diante de tanta cois obtusa por parte desde contingente chamado zé-povinho, hoje em dia quando me peguntam: "Você é do RAP???"" eu respondo: "eu sou é de Botafogo, mas torço pro Mengão"

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Glossário - Zé Povinho, na linguagem do Rap é o equivalente à "gentinha", pessoas que vivem de falar mal dos outros e provocar intriga.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

QUINTA TEM 2ª EDIÇÃO DA FESTA BOOM BAP! NO CLANDESTINO



A primeira edição em plena segunda de Carnaval explodiu e foi considerada por muitos uma das melhores festas de Rap já realizada. Nesta quinta - 30/04 - véspera de feriado tem mais uma dose.

Lista amiga do Opalão76 - R$10 de entrada até 1h- mandar e-mail para opalao76@ig.com.br até às 19h do dia da festa.

"O DISCO GIRA E O OPALÃO76 RODA PORQUE JACARÉ PARADO VIRA BOLSA"

quinta-feira, 23 de abril de 2009

VIVA SÃO JORGE!!!!!


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça. Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições. E Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por nós!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

ABAIXO-ASSINADO REFORÇARÁ O PEDIDO DE VETO À LEI DO DJ

Conforme foi anunciado aqui, segunda-feira passada, durante o seminário sobre as mudanças da Lei Rouanet, no Teatro Leblon, entreguei ao Secretário Executivo do Ministério da Cultura, Sr. Alfredo Manevy, o pedido de veto à lei de regulamentação da profissão DJ, que foi aprovado na assembléia do dia 06/04, onde os DJs entenderam que o texto aprovado não atende aos amseios da classe, pois os rebaixam à categoria de técnicos em vez de artista, além de não contemplar os profissionais autônomos, que são mais de 80% da categoria, entre outras coisas. A decisão aponta para, uma vez vetada a lei, a realização de um Fórum Nacional de DJs, precedido de fórum estaduais, para a formatação de um texto melhor.

Como durante a semana passada, fui muito criticado, praticamente colocado como um "Judas dos DJs" pelos defensores da lei, que democraticamente foram derrotados na assembléia e agora falam que a mesma não teve representatividade, resolvi passar um abaixo-assinado de apoio à decisão da assembléia, que também já está correndo em SP, que será encaminhado ao Ministério da Cultura, para reforçar o pedido de veto. Entre as várias pessoas que já assinaram estão os DJs Grandmaster Raphael, Maurício Lopes, Tamenpi, Gustavo Tatá, Ricardinho NS e Pablo Salles. Até o fim desta semana o objetivo é chegar a 200 assinaturas, ficando bem difícil questionar o peso do pedido.

TOP 10

Atendendo a pedidos, as lista das 10 músicas que eu mais executo por aí:

1- Soulja Boy - Kiss me to the phone
2- T.I. - Whatever u like
3- Coolio - Boyfriend
4- Young Jeezy feat Kanye West - Put on
5- Jim Jones - Pop champagne
6- D2 - Desabafo
7- Flo.Rida - Sugar
8- Busta Rhymes feat T.Pain - Hustler Anthem
9- Kanye West - Heartless
10-Mims - Move

segunda-feira, 13 de abril de 2009

MINISTRO DA CULTURA RECEBERÁ PEDIDO DE VETO À LEI HOJE

Estaremos hoje na plenária com o Ministro da Cultura Juca Ferreira, no Teatro Leblon, onde ele reunirá a classe artística para discutir as mudanças dos critérios da Lei Rouanet. Na ocasião, aproveitaremos a presença do Ministro no Rio para entregar-lhe em mãos o pedido de veto ao texto da lei que regulamenta a profissão DJ aprovado na assembléia da última segunda-feira.

Por falar na Lei Rouanet: até onde pude observar, acho que as mudanças dos critérios são positivas no momento que fortalece o Fundo Nacional de Cultura, que promoverá uma distribuição mais igualitária do dinheiro gerado pela renúncia fiscal - que é dinheiro público, diga-se de passagem - para que as verbas da iniciativa privada possam patrocinar não só o show dos Rolling Stones, na Praia de Copacabana ou um grande evento de música eletrônica, mas também sirva para apoiar os grupos de teatro comunitários, o artesanato, o hip hop e outras manifestações culturais que nunca viram a cor deste dinheiro. Tá na hora da classe artística começar a abrir mão de seus interesses pessoais para que tenhamos um mínimo de democracia no fomento cultural neste país.

terça-feira, 7 de abril de 2009

DJS CARIOCAS DIZEM NÃO À LEI DE REGULAMENTAÇÃO

Em assembléia realizada no auditório do Sindicato dos Metroviários, no Centro do Rio, na noite de ontem (6/4) os DJs do Rio aprovaram por 17 votos a 10 encaminhamento de pedido para que o Presidente Lula vete na íntegra o texto do projeto de lei 740/2007 aprovado pelo Senado, que regulamenta a profissão.A maioria chegou ao entendimento que a lei não foi fruto de um amplo processo de discussão, que envolvesse a categoria em todo o país, por isso, seu conteúdo não contemplaria a classe, principalmente sua imensa maioria (cerca de 85%) formada por autônomos. Na verdade, pouquíssimos DJs conhecem seu texto e a maioria sequer sabe de sua existência. Outro problema detectado foi a classificação do DJ na categoria de técnico, promovendo assim um rebaixamento profissional, pois a maioria entende que o DJ é artista, não técnico.

Muitos podem questionar a representatividade da assembléia pelo número de presentes. Porém, a mesma teve ampla convocação e a categoria - que só se une para churrasco - mostrando mais uma vez o seu desinteresse, não compareceu em peso. Porém, nada tira o peso dos que foram, embaixo de chuva, como o DJ LP, que saiu da Baixada com a filha pequena no colo para se fazer presente. A discussão aconteceu, uma posição foi tomada e será encaminhada. Quem não concorda, deveria estar lá para dizer isso. Parabéns aos DJs presentes pela ousadia de desafiar o óbvio e por se negarem à catar as migalhas que lhes são lançadas do alto da mesa do banquete.

PELO VETO À LEI !!!! POR UM FÓRUM NACIONAL DE DJS COM AMPLA REPRESENTAÇÃO!!!
SOMOS ARTISTAS, NÃO SOMOS TÉCNICOS!!!

terça-feira, 31 de março de 2009

DESCANSE EM PAZ 64


Há exatos 45 anos, um golpe militar - chamado por alguns de "revolução" - jogou o Brasil em duas décadas de ditadura. Liberdades foram suprimidas, pessoas foram, presas, torturadas e mortas em um verdadeiro terrorismo de Estado.
A todos aqueles que pagaram com suas vidas, com o sofrimento insuperável de ter sido torturado, a todos os que foram obrigados a deixar o seu próprio país para não sofrer com toda essa arbitrariedade, minha humilde homenagem.

No fim da década de 80, participei de vários "enterros da ditadura", que sempre eram promovidos pelo Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) do Direito da UFRJ para lembrar que o povo brasileiro não queria aquilo nunca mais. Prática que hoje em dia, infelizmente não ocorre mais no dia 31 de março de cada ano.

Hoje, mais de 20 anos após a abertura política, estamos com o regime democrático praticamente consolidado, mas, só apararemos todas as arestas quando o governo tomar coragem e abrir finalmente a caixa-preta dos arquivos da ditadura, para que finalmente se esclareçam as perguntas que parentes e amigos fazem até hoje, entre elas a confissão do Estado do extermínio feito no Araguaia e a exata localização dos corpos dos guerrilheiros do PC do B, executados pelos militares.

domingo, 29 de março de 2009

O MEU ADEUS AO RÁDIO



Em agosto de 1983, no dia mais triste de minha vida, enquanto o corpo de meu pai, radialista Gilberto Lima (na foto comigo, ainda criança) era velado, pedi ao meu querido tio, também radialista, Renato Moreira Filho, que colocasse um bilhete nas mãos de meu pai - eu não quis vêlo para manter sempre sua imagem de vivo - prometendo seguir seus passos no rádio.

O rádio sempre foi uma coisa que fez parte da minha vida. Não só pelo fato de ter sido a profissão de meu pai, mas porque a ida aos estúdios das rádios em que trabalhou, sempre foi um programa que eu gostava muito e me permitiu conhecer grandes e saudosos nomes do rádio como Edmo Zarife, Jorge Cury, Waldir Vieira e Waldir Amaral - a quem eu imitava com perfeição. Para se ter uma idéia, presenciei a gravação da vinheta do garotinho José Carlos Araújo, utilizada até hoje.

Cinco anos depois, em 1988, após algumas portas serem batidas na minha cara, comecei a cumprir a promessa feita, ao começar trabalhar como estagiário de produção na Rádio Manchete AM, onde trabalhei com dois grandes radialistas: Alexandre Ferreira e Roberto Canázio. Nesta época, cheguei a trabalhar como locutor na Rádio Bandeirantes AM, apresentando um programa de músicas italianas, que ia ao ar aos domingos.

Após a minha saída da Manchete, fazia alguns trabalhos de locução comercial, mas como estava fazendo faculdadde de Direito, acabei me afastando do rádio, pois naquele momento tinha outros interesses profissionais. Após um hiato de quase 10 anos, em 2000, após um convite de meu amigo Marcelo Arar, voltei para o rádio, como DJ do programa Mafuá, que fazia com o próprio Arar, com meu amigo locutor Orelhinha e a atriz Suzana Werner, na Rádio Jovem Rio. Pouco tempo depois, após uma debandada de locutores da emissora para a concorrente Jovem Pan, veio o convite para assumir o posto de locutor (foto), desafio muito grande, pois estava meio enferrujado e deveria me adaptar às novas técnicas de operação de áudio. Muito criticado no início, consegui imprimir um novo estilo de locução, meio marrento, que tinha no bordão "passando a guarda da concorrência" - devido ao fato de ser faixa-preta de jiu-jitsu - uma coisa marcante.


Em 2002 a Jovem Rio acabou para abrir passagem para volta mal sucedida da extinta Rádio Fluminense FM. Após alguns meses afastado, fui convidado a fazer um programa de Hip Hop na Rádio Transamérica, que incialmente dividia com meu parceiro de Opalão76, DJ Pachu, que tempos depois se desligou do programa. O Hip Hop Transamérica, que tempos depois se transformou em "Diversão Hip Hop" e chegou a ter três edições semanais, foi um programa que marcou profundamente o rádio do Rio de Janeiro. Não só pela liberdade que eu tinha, podendo tocar novidades, coisas do underground e o até então proscrito rap nacional. Figuras como Marcelo D2 - que mostrou em estréia nacional faixa do ainda mixtape "a procura da batida perfeita", MV Bill e Sandrão do RZO por lá passaram, assim como o DJ Pro, do grupo novaiorquino The Beatnuts. O programa foi o primeiro no Rio de Janeiro, quiçá do Brasil, a colocar MCs improvisando ao vivo - fato comum nas emissoras gringas. Um destes improvisos, momento clássico no rádio brasileiro, foi feito pela trinca Flavor Flav (Public Enemy), Timbo King (Wu Tang Klan) e P Bomb (7th Octave). Quando a liberdade que era a característica do programa, começou a ser cerceada, deixei a emissora.

Depois de um período fora do ar, fui para a Rádio Jovem Pan, onde aos domingos, fazia com o meu amigo DJ Paxson, o programa Ritmo da Noite Black, que dividi também com o DJ Juan. O programa tinha ótimos índices de audiência. Na sequência, o dial 102.1 virou Mix FM e eu me mantive com o programa Black aos domingos, que chegou a ser o programa mais ouvido da emissora no horário das 22 às 23h. Apesar da audiência, fui afastado da emissora sem muitas explicações, um mistério para o qual não consegui achar respostas até hoje. Após o período eleitoral, resolvi retornar ao rádio, cheguei a tratar com algumas emissoras, mas infelizmente não consegui o espaço - que, diga-se de passagem não lhe rende nada, além da "mídia", que nem sempre é retorno de trabalho, uma vez que muitos DJs que tem programa em rádio não tem espaço na cena. O rádio sempre foi para mim, muito mais uma coisa de sangue, de prazer pessoal do que uma questão de mídia, pois se assim fosse, não teria tido batido de frente com algumas pessoas como fiz algumas vezes.

Depois de pensar muito, tendo em vista os novos horizontes e desafios que a vida me apresentou na Secretaria de Cultura do Rio, decidi que minha promessa estava cumprida, uma vez que minha passagem pelo rádio foi marcante e meu pai, onde estiver, deve ter orgulho do meu esforço. Por isso, decidi que minha passagem pelo rádio está encerrada. Agradeço aos meus padrinhos Carlos Sigelmann (que me abriu a 1ª porta), Christovam Newmann (em especial, pois enfrentou o mundo ao investir no meu nome), Gentil Sobrinho e Alexandre Amorim pelas oportunidades e, fundamentalmente aos milhares de ouvintes pela audiência ao longo deste tempo. Quem quiser ouvir o DJ Saddam é só procurar alguma das minhas 5 residências ou algum dos vários eventos que participo.

Gilberto Lima vive! Viva Gilberto Lima! Viva o rádio!

terça-feira, 24 de março de 2009

A LEI QUE REGULAMENTA A PROFISSÃO DJ DEVE SER VETADA

Ontem realizamos a reunião na Fundição progresso onde foi reconhecido que o projeto que regulamenta a profissão DJ não é o ideal. Foi tirado um indicativo para que uma nova reunião se realize no próximo dia 06/04 - segunda - às 19h em local ainda a ser divulgado.

Conversei com um deputado federal sobre a situação e sobre o que foi discutido. Ele me falou o seguinte: NÃO TEM COMO ALTERAR O TEXTO APROVADO, POIS O MESMO SE ENCONTRA APROVADO.O principal ponto de discordância apresentado, foi o fato de não ter sido criada uma categoria específica de DJ e sim esta vindo a ser inserida na categoria de Técnicos em Espetáculo de Diversão e isto não tem como ser alterado, pois a lei altera uma outra já existente nos inserindo nela.

Após esta conversa, pude falar com representativos e valorosos companheiros DJs da cena black como Claysoul, TR, Juan e Dema, os quais concordaram, que, neste caso, infelizmente não caberá outro encaminhamento se não o pedido de VETO ao texto.
Isto será democraticamente discutido e votado na assembléia do dia 6. A proposta vitoriosa será democraticamente aceita.

Como eu disse na reunião: "A classe já espera há 20 anos. É melhor esperar mais dois do que ter que cumprir para sempre uma lei que não a contempla"

Lenin dizia: "Um passo atrás, dois passos a frente" e isso se aplica em gênero, número e grau à situação.

Estamos em um momento histórico em que, talvez a posição dos DJs cariocas seja lembrada por muito tempo como a que conseguiu evitar um atraso na profissão que de artística passa a ser técnica, em vez de um sindicato próprio, ter que ser inscrito no SATED, com o patrão passando a colocar o DJ pra tocar cruéis 6 horas ininterruptas amparado por esta lei ( art. 21, VI do substitutivo), não atende aos interesses dos autônomos - que são mais ou menos 80% da categoria - entre outras coisas.

Portanto, diante dos fatos DEFENDO UMA POSIÇÃO PELO VETO AO PROJETO DO TUMA.

sábado, 21 de março de 2009

FORUM CARIOCA DE DJS NESTA SEGUNDA NA FUNDIÇÃO PROGRESSO

Estaremos realizando nesta segunda-feira - 23/03 às 19h no auditório da Fundição Progresso - Lapa - no térreo - uma reunião com o objetivo de discutir o projeto de lei aprovado, que regulamenta a profissão de DJ: seus prós e contras. Também será formado nesta reunião o Fórum Carioca de DJs que visará, dependendo do que for aprovado, encaminhar um indicativo para a realização de um grande fórum nacional de DJs para discutir um texto de lei e froma de regulamentação que atenda aos interesses da categoria.
A pontualidade é fundamental, uma vez que temos um teto para entrega do auditório previsto para as 22h.

Compareça e ajude se possível a divulgar

Manifeste-se agora ou cumpra para sempre.


Minha opinião sobre o assunto pode ser conferida aqui no blog.

terça-feira, 10 de março de 2009

A IGREJA CATÓLICA E O MÊS DAS MULHERES


No mês em que é comemorado o dia internacional da mulher, realmente a Igreja Católica, que desde a eleição de um membro da Opus Dei e ex-militante da juventude hitlerista (foto) para o cargo de Papa vem dando passos largos de caraguejo, conseguindo ficar mais retrógrada do que era, mostrou o porque do seu esvaziamento contínuo e do crescimento das seitas pentencostais.

Primeiro o caso do arcebispo de Recife e Olinda - cargo que já foi ocupado por gente do quilate do saudoso Dom Helder Câmara - veio a público pagar o mico de excomungar a equipe médica que havia feito o aborto legal na menina de 9 anos, grávida de gêmeos que havia sido estuprada pelo padastro. No caso, os dois tipos previstos em lei para o aborto legal estavam presentes: estupro e risco de vida da gestante. Para complementar a CNBB e o Vaticano ratificaram a baboseira, que ainda incluiu mais uma pérola do arcebispo, Dom José Cardoso Sobrinho, ao ser perguntado pelo o porque do padrasto estuprador não ter sido excomungado, assim como os médicos: "Aborto é mais grave que estupro". O Presidente Lula mandou bem e defendeu a equipe médica que cumpriu a lei.

Ainda essa semana, a Igreja Católica mais uma vez mostrando todo o seu respeito pelas mulheres publicou no jornal semi-oficial do Vaticano, o L'Osservatore Romano, um longo artigo que diz que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher no século XX do que a pílula anticoncepcional ou o acesso ao mercado de trabalho. O pior é que tal artigo foi escrito por uma mulher, provavelmente alguma beata mal-amada e cheia de traumas ao longo de sua vida amarga.

Para complementar a semana, um arcebispo irlandês, foi afastado de suas funções após denúncias de pedofilia. Naquele país inclusive, diante de tantos casos envolvendo religiosos com menores de idade, a Igreja Católica para se precaver, faz seguros milionários para garantir qualquer indenização em caso de processos envolvendo padres com pedofilia.

É aquele velho bagulho: antes de falar do umbigo do outro, olha o seu pra ver se não está sujo.

sábado, 7 de março de 2009

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DJ: COMO? PARA QUEM?



A regulamentação da profissão DJ no Brasil vem ocupando com destaque a mídia e provocando discussões acaloradas nos profissionais doS toca-discos.

O projeto de lei 740/2007 do Senador Romeu Tuma – político que realmente tem um “vínculo intrínseco com a categoria e com a cultura”- altera a Lei 6533/78 que dispõe sobre a regulamentação de Artistas e de Técnicos em Espetáculo de Diversões. O projeto já começa mal, pois coloca o DJ como profissional técnico, retirando o artístico da profissão, que há tempos vem ocupando lugar de destaque mo cenário musical, com profissionais de ponta como Marky, Patife, Anderson Noise e Marlboro conquistando mercado em outras praças. Vários festivais são realizados, reunindo milhares de pessoas, onde os Djs são as únicas atrações. Nestes espetáculos, os técnicos: sonoplastas, iluminadores, contra-regras e outros, trabalham em função do DJ que está no palco e é o artista.

Muitos abraçam este projeto de lei como fosse o “ovo do Colombo”, a “salvação da lavoura” pois finalmente reconhece legalmente a profissão DJ. Isso é defendido principalmente pelos mais antigos que sonham se aposentar como tal. Mas a lei, na verdade, não atende a maior parte da categoria que é de autônomos. Prevê como carga máxima horária diária 6 horas, quando na verdade, qualquer profissional do ramo sabe que isso é extremamente desgastante para o DJ e, ao mesmo tempo, pode influenciar a dispensa de Djs por proprietários de casas noturnas, uma vez que já que a carga máxima é de 6 horas, um único DJ pode muito bem conduzir sozinho uma festa, recebendo o mesmo cachê mixuruca que é praticado na maioria dos lugares.

A categoria dos Djs tem uma peculiaridade: como é composta em sua maioria por autônomos, fica mais difícil um convívio maior com outros profissionais do ramo e torna o mercado cada vez mais cruel, com a competição forte e muitas vezes desleal. Ao contrário de outras categorias em que aquele velho antagonismo de classes “patrão X empregado” é o que dita e une, no ramo dos toca-discos, na maioria das vezes o grande vilão dos Djs é o próprio colega de cabine de som, que tenta de todas as formas queimar o trabalho do outro, cobra mais barato pra tirar o serviço do colega, fala que contrato é coisa de estrela, entre outras pérolas do mau-caratismo.

Há mais ou menos 4 anos atrás, convoquei uma reunião para o Teatro Casa Grande, no Leblon, que havia sofrido um incêndio, com o objetivo de fundar uma Associação dos Djs profissionais. Compareceram mais de 30 pessoas, entre elas vários “top Djs” como Marlboro, Roger Lyra e Marcelinho Da Lua, entre outros. Este encontro foi noticiado pela grande imprensa, que me colocava como líder do movimento. Coisa de 15 dias depois, eu bati de frente com a direção de uma grande casa noturna da Baixada Fluminense, quando me recusei a dar exclusividade à casa naquela região ( eu só tocava lá aos domingos e os donos não queriam que eu tocasse em outras casas por lá). Convoquei os outros Djs a fazerem o mesmo, pois a casa não teria como mandar todo mundo embora e o momento era bom, pois estávamos nos organizando. Resultado: fui o único a bater de frente e, por conseguinte, o único a perder o trabalho.

Há um tempo rolaram reuniões para tratar deste projeto do Tuma. Mas, quando recebi o convite para a primeira reuniãoe vi que estava marcada para a sede do PMDB do Rio, desisti de ir na hora. Não é hipocrisia. É público que sou militante do Partido Comunista do Brasil, mas acho profundamente temerário, que seja marcado este tipo reunião de organização profissional em sede de partido político. Quando li o projeto de lei e vi que era ruim, conclui que era perda de tempo. Depois de conversar com alguns músicos importantes como o cantor e compositor Tibério Gaspar e o Maestro Silvio Barbato, percebi que eles tinham simpatia na tese dos Djs serem regulamentados pela Ordem dos Músicos do Brasil como uma categoria especial de músico-praticante. Isso teria uma série de vantagens, pois não dependeria da aprovação de lei específica e sim de um aditivo ao estatuto da OMB, como também elevaria o DJ à condição de artista da música, que é o que ele realmente é. Vários colegas viram com simpatia esta tese. Mas quando a apresentei à comunidade dos Djs do Rio no orkut, o pessoal da ADJ-RJ – que é uma associação que representa pequena parcela da classe – veio descendo o pau, dizendo que eu não tinha participado da discussão (aquela que começou na sede do PMDB) e que tinha que ter um sindicato próprio da categoria.

Aí, verificando o tal projeto do Tuma, percebi que após a regulamentação, os Djs para obterem seus registros profissionais junto ao Ministério do Trabalho, deveriam ter diploma expedido por curso registrado no MEC (o que não existe) ou autorizado pelo sindicato. Aqueles que já fossem atuantes e, portanto garantidos pelo direito adquirido, deveriam ir ao sindicato para retirar a sua carta de apresentação. Aí caiu a ficha: se o interesse fosse tão somente na regulamentação, a hipótese da OMB seria abraçada com louvor. Mas como existe o interesse na formação do sindicato e na consequente arrecadação na emissão das cartas e nas autorizações dos cursos, a regulamentação, por pior que o projeto do Tuma a apresente, tornou-se algo interessante.

No fim de fevereiro, eu e o maestro Sílvio Barbato participamos de um painel do evento Rio Music Conference, que reuniu Djs na Marina da Glória aqui no Rio. Apesar do tempo curto do debate, foi o suficiente para a tese da OMB passar a ser ventilada.

Vejam: eu sou favorável à regulamentação, mas não da forma que está sendo proposta. A grande coisa deste movimento é a possibilidade de se abrir uma discussão ampliada em um fórum nacional, para que se discuta a melhor forma da regulamentação, seja pela OMB ou por sindicato próprio, mas não da forma que está sendo proposta, pois desvaloriza o DJ o retirando da condição de artista. Faço questão de afirmar isto, pois está rolando um maniqueísmo barato no sentido de quem é contra o projeto do jeito que está é contra a regulamentação. Vamos avançar no debate e construir uma proposta concreta e objetiva para a regulamentação e, principalmente a valorização da profissão DJ.


Este texto também será publicado nos sites Bocada Forte e Vermelho

sábado, 28 de fevereiro de 2009

BLOCOS RETOMAM O CARNAVAL DO RIO


Há alguns anos atrás, quando se aproximava a época do carnaval, era comum no Rio nas rodas da praia, no BG, nos bares a tradicional pergunta: "E ae, vai viajar pra onde no carnaval?". As respostas eram quase sempre: Sul, Arraial D'Ajuda, Salvador, Minas, litoral capixaba e Região do Lagos.

Depois da retomada do carnaval de rua com a proliferação dos blocos carnavalescos cariocas, boa parte desta galera que viajava no carnaval porque aqui no Rio as opções eram pífias, passou a permanecer na cidade para brincar o carnaval mais democrático do Brasil. Com isso o Rio também tirou muitos turistas gringos e locais que antes se dirigiam a outros destinos e agora passaram a ficar na cidade maravilhosa que hoje completou 444 anos (salve ela!) por ter um carnaval não só mais animado, como também mais barato e se esbaldar em blocos como o Cordão do Bola Preta, Simpatia é quase amor e do Barbas (foto), bloco da minha área em que todo ano eu "bato o cartão".

A única coisa que ficou de ruim mais uma vez foi a questão do xixi na via pública. Apesar dos banheiros químicos instalados (insuficientes diga-se de passagem), as pessoas muitas vezes urinavam ao lado dos mesmos, mostrando que este problema é muito mais de educação do povo do que estrutura em si. Ano que vem a prefeitura e o pessoal dos blocos deveriam fazer uma campanha de conscientização a respeito disso. Outra coisa também temerária e que mais uma vez aconteceu foi o desrespeito às pessoas que se encontram internadas nos hospítais, que tiveram que aturar a batucada. Entendo que rua que tem hospital não pode passar bloco. Mas enfim, tirando os problemas, mais uma vez o saldo foi mais que positivo e o Rio de Janeiro está de parabéns.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

PLAYLIST ATENDENDO À PEDIDOS

O povo anda reclamando que há tempos eu não coloco uma relação de músicas aqui. Então aí vai:

50 Cent - Get it in
Tha Game - Camera phone
Wicked Minds - Thrown your hands up
Young Jeezy feat Kanye West - Put on
Ludacris - One more drink
Lil Wayne feat Bobby Valentino - Mrs. Officer
Dem Franchize Boyz - Turn head
Ashanti - Good good
Busta Rhymes - Arab money
Kanye West - Heartless
Jim Jones - Pop Champagne
Marracash - Badabum cha cha

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O CÉU ESTÁ CADA VEZ MAIS "CASCA GROSSA"


Esta semana o Jiu-Jistu perdeu o seu grande precursor: faleceu aos 95 anos o grande mestre Hélio Gracie. O Jiu-Jitsu que já havia perdido o seu outro grande mestre Carlson Gracie (com o tio na foto), mais uma vez está de luto.

Hélio foi o grande mestre e patriarca, Carlson, além de grande mestre e lutador, foi o responsável pela popularização e o consequente crescimento do Jiu-jitsu no Brasil, que há muito tempo detém a hegemonia deste esporte. Daí vem a pergunta: O COB gastou milhões de reais em seu projeto por medalhas olímpicas. Ainda assim, o resultado brasileiro foi muito aquém do esperado. Por que não investir em uma campanha para que o jiu-jitsu se torne esporte olímpico?? Seriam no mínimo 10 medalhas ( são 10 as categorias de peso) de ouro fora outras de prata e bronze que o país traria dos tatames.

Isso não só estimularia ainda mais a prática do jiu-jitsu no país, mas também estimularia grandes atletas do esporte, que hoje concentram suas atividades somente nas competições de MMA e "submission" a voltar a competir de kimono. O Jiu-jitsu olímpico honraria ainda mais as memórias de Carlson e Hélio, que ao lado dos Mestres Carlos, Monir, Pedro Gama Filho e Rolls, tornaram o céu ainda mais "casca-grossa".

PS: O projeto da estátua homenageando o mestre Carlson em Copacabana, continua de pé e agora, que estamos na Secretaria de Cultura, a qual pertence a subsecretaria de patrimônio do município, faremos de tudo para que ainda este ano, no aniversário do mestre, em agosto, que esta homenagem esteja consolidada.

Mitos não morrem. Carlson e Hélio vivem!! Viva Carlson e Hélio Gracie!!!