segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A QUINTA -COLUNA NOVAMENTE



Quinta coluna é um termo usado para se referir a grupos clandestinos que trabalham dentro de um país ou região, ajudando a invasão armada promovida por um outro país em caso de guerra internacional, ou facção rival no caso de uma guerra civil. Por extensão, o termo é usado para designar todo aquele que auxilia a ação de forasteiros, mesmo quando não há previsão de invasão.

A origem da expressão remonta a Emílio Mola Vidal, general nacionalista espanhol que atuou na Guerra Civil Espanhola. Quando quatro de suas colunas marchavam rumo a Madri, ele se referiu aos militares madrilenhos que o apoiavam como "quinta coluna". No final dos anos 30, quando o líder fascista espanhol Francisco Franco preparava-se para marchar sobre Madri com quatro colunas, o general Quepo de Llano disse: "A quinta-coluna está esperando para saudar-nos dentro da cidade." Pela primeira vez, o mundo ouvia a palavra fatídica — "quinta-coluna". O termo ganhou força no curso da Segunda Guerra Mundial, denominando aqueles que, de dentro dos Países que combatiam o Eixo, apoiavam a política de Guerra nazista e de seus aliados, tal como aconteceu com parte dos alemães que habitavam os Sudetos ou com os fascistas Brasileiros.

A ação de uma quinta coluna não se dá no plano puramente militar. Assim como os demais partícipes de uma guerra, os elementos quinta-colunistas agem por meio da sabotagem e da difusão de boatos. Em outras palavras, pode-se dizer que a força da quinta coluna reside tanto na possiblidade de "atacar de dentro", como na capacidade de desmobilizar uma eventual reação à agressão que se intenta.

Aqui no Brasil, a ação da quinta-coluna pela segunda vez leva a eleição presidencial para o segundo turno, dando mais uma vez oportunidade aos grupos ligados às elites, que dilapidaram o patrimônio nacional nas privatizações criminosas, muitos ligados ao regime militar, de voltarem ao poder.

Em 2006, Heloisa Helena do PSOL, partido surgido da saída de uma tendência de orientação trotskista do PT, cumpriu o papel com louvor: disparando sua verborragia contra Lula, conseguiu evitar que ele ganhasse no 1º turno. Como recompensa, perdeu sua cadeira no senado em Alagoas para o ex-presidente Fernando Collor. Este ano, o povo não esqueceu disso e não elegeu HH de volta para o senado.

Passados 4 anos, a ex-seingueira Marina Silva, parceira de Chico Mendes, passou a viver o papel vivido por Heloisa Helena na eleição anterior - inclusive com o apoio desta, apesar do PSOL ter lançado Plínio à presidência. Marina, com quase 3 décadas de PT, tendo ocupado a pasta de Ministra do Meio-Ambiente por mais de 6 anos no Governo Lula, deixou o PT e se filiou ao PV, partido que já há algum tempo vem sendo aliado do DEMo-Tucanato pelo Brasil, e que agora, estrategicamente, colocou a candidatura de Marina à serviço destes grupos conservadores, garantindo um 2º turno que até 3 semanas atrás era improvável, mas graças ao massacre do PIG (Partido da Imprensa Golpista) que passou a fazer uma série de denúncias, muitas infundadas, impediu que Dilma ganhasse no 1º turno. Inclusive o jornal O Globo que circulou no dia da eleição, trazia como manchete e matéria principal, uma avaliação negativa do Governo LuLA.

Em 2006 Heloisa Helena se absteve no 2º turno. Resta saber se Marina terá estômago para subir no palanque do DEMo-Tucanato a quem combateu por anos à fio. Neste palanque o Partido Verde estará. Inclusive hoje circulou até um boato na internet dizendo que Serra substituiria Indio na sua chapa, o trocando por Gabeira - que marcou posição na eleição para governador no Rio e acabou ficando sem mandato. Vamos aguardar e nos mobilizar para, assim como fizemos em 2002 e 2006, garantir a vitória das forças progressistas neste segundo turno

Um comentário:

dil disse...

Excelente análise, é extamente isso uma coluna de sustentação dessa direita conservadora que bambeia mas resiste aqui no Brasil.

Ta compravado Saddan, a direita se pintou de verde. Como bem disse Azenha,
Por motivos táticos, a direitona agora prega a sustentabilidade, o mundo pós-carbono e outros dogmas do eco-capitalismo. A direitona acha o petróleo um nojo, a não ser na forma da querosene que abastece os jatinhos como esse de 50 milhões de dólares da a Marina, mas caro que o do Obama!

A Marina, que há pouco tempo era ridicularizada pela mídia, tratada desrespeitosamente como uma caboca fundamentalista que travava tudo no M.A., agora é alçada a categoria de santa. Percebendo o inevitável naufrágio do tucano, a mídia correu rapidamente pra Marina em dois movimentos, um na direção dos jovens descolados – Marina é tendência! – e o outro, o mais inacreditável, que enrolou a senadora num celofane verde e ofereceu como um bombonzinho facilmente digerível pela elite conservadora, mais ou menos como fizeram com o ex-Gabeira - o primeiro no Brasil a declarar apoio a Serra no 2º turno.