sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O álbum do ano



The Blueprint 3 é o décimo primeiro álbum de hip hop do rapper americano Jay-Z, lançado 8 de Setembro de 2009 pela sua editora discográfica, Roc Nation, nos Estados Unidos. O álbum foi lançado digitalmente e no Reino Unido no dia 11 de Setembro de 2009, e o lançamento mundial a 14 de Setembro do mesmo ano. É o capítulo final da trilogia Blueprint, precedido pelo aclamado pela crítica The Blueprint (2001) e seu seguimento do The Blueprint ²: The Gift & The Curse (2002). O álbum inteiro foi vazada em 31 de Agosto de 2009. Após o seu lançamento, o álbum recebeu geralmente opiniões positivas dos críticos de música, com base em uma pontuação total de 65% de 100% do Metacritic. O álbum vendeu cerca de 476.000 cópias na semana de estreia.

Jay-Z, que depois do "The black album" soltou rumores de que iria encerrar a carreira, sem dúvida alguma é um dos nomes mais bem sucedidos do hip hop mundial. Além dos milhões de CDs vendidos e de ser namorado da Beyoncé, o rapper ainda é dono de uma gravadora (Rocca Fella), de uma marca de roupas (Rocca Wear) e de uma marca de vodka. "The blueprint 3" reafirma esta diferença de Jay-Z, que com talento e experiência nos proporciona um excelente álbum, que foge do atual estereotipo do Rap americano dominado abolutamente pelo bounce, que é aquela batida lenta e quebrada, que tem em Lil Wayne e Soulja Boy os seus principais nomes atuais e está presente em 9 de cada 10 novas produções.

Dentre as várias músicas boas do disco, tem vaga cativa nos meus sets: "Run this down" (feat. Kanye West & Rihanna), "Empire state of mind" (feat Alicia Keys) e "Already home" (feat. Kid Kudi).

BERTOLD BRECHT



Essa semana foi marcada pela revolta dos usuários do serviço de trens no Rio de Janeiro, cuja maioria absoluta é composta por trabalhadores de baixa renda, moradores das Zona Norte e Oeste e da Baixada Fluminense, que, diariamente, além de sofrerem com a superlotação das composições e constantes atrasos, ainda passam por constantes humilhações como aquela filmada há um tempo atrás, onde agentes de segurança, usavam a alça do apito para chicotear as pessoas e as entulhar para dentro do trem, como se fossem gado. Esta semana um trem parado há mais de uma hora próximo a estação de Nilópolis, que permaneceu com as portas fechadas, obrigando os passageiros, incluíndo idosos, a saírem pela janela foi o estopim de uma revolta que acabou em quebra-quebra e um trem incendiado. A mídia e aqueles que circulam pela cidade em seus carros com ar condicionado, falaram de vandalismo, mas peço licença para recorrer ao sempre atual escritor alemão Bertold Brecht para definir o ocorrido:

"Dizem violentas as águas de um Rio que tudo arrasta, mas não dizem violentas as margens que as oprimem"