domingo, 28 de dezembro de 2008

BACK II BLACK - EDIÇÃO ESPECIAL DE PRÉ-REVEILLON NO CLANDESTINO


Após vários meses, a festa BACK II BLACK, que durante 4 anos fez história na cena hip hop do Rio na extinta Bunker 94, tem edição especial nesta terça, dia 30/12 no Clandestino, em Copacabana. Pelo 6° ano, o Opalão76 Hip Hop Crew promove seu já tradicional Pré-Reveillon Black. Como o hip hop foi absurdamente retirado da programação dos palcos que ocuparão o reveillon pela cidade, será uma boa oportunidade para fazer um bota-fora de 2009 ao som da velha e boa black music.

LISTA AMIGA: Homem R$10 e Mulher VIP até 0:30h - mandar e-mail com os nomes para opalao76@ig.com.br até terça às 19h.

FELIZ 2009 PARA TODOS!!! PAZ E SAÚDE!

domingo, 21 de dezembro de 2008

PAPAI NOEL, VELHO BATUTA



Utilizando o nome de um clássico do punk rock nacional, gravado pelo grupo paulista Garotos Podres, chegando perto de mais um Natal, não posso deixar de mencionar uma das figuras mais perversas criadas pelo capitalismo: Papai Noel.

Este "bom velhinho" há décadas vem sendo sinônimo de agravamento das disparidades sociais em todo o mundo, traumatizando milhões de crianças ao redor do planeta, que iludidas com a lenda do Papai Noel, enviam suas cartas pedindo brinquedos, roupas, ou coisas mais simples como um queijo, como foi mostrado no Fantsástico de hj na televisão e, no dia seguinte, verifica que o sapatinho que colocou na janela está vazio. Uma decepção sem tamanho para as crianças e uma angústia imensa para os pais, sem condições, ao verem seus filhos tristes, pois a Papai Noel, aquele que "não esquece de ninguém", simplesmente invariavelmente, esquece das crianças pobres.

Inclusive,esta figura obesa e escrota vestida de vermelho, acabou tirando de forma grande o sentido do Natal, que na verdade é uma data para os cristãos celebrarem o nascimento do Rabi da Galiléia. Mas, na maioria das casas, as pessoas estão mais preocupadas em encher a cara de vinho, comer o peru, o chester (ou em alguns casos o pão com mortadela mesmo) e trocar seus presentes, que segundo a tradição, vem das ofertas que os reis magos fizeram ao menino Jesus.

Por essas e por outras, que minhas filhas gêmeas de 7 anos, desde os cinco, sabem que é o papai, a mamãe e a vovó que dão os presentes e, que estes presentes, depende da condição financeira daqueles. Espero que no dia que tiverem filhos, também desmistifiquem esta lenda escrota e perversa criada pela Coca-cola.

Feliz Natal para todos!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

FUNK É CULTURA. ALGUNS ACHAM QUE NÃO

Extraído de O Globo on line de hj:

" Em pesquisa publicada no site do jornal O Globo, a maioria dos leitores se mostrou indignada com o projeto de lei da Câmara, apresentado pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que define o funk como "forma de manifestação cultural popular" e determina que o poder público garanta as condições para a democratização da sua produção e veiculação musical. As justificativas para o protesto foram muitas e variadas, mas a palavra "violência" apareceu muitas vezes no quadro de opiniões.


"Seria o cúmulo da vergonha considerar um tipo de música tão vulgar e ridícula como forma de manifestação popular. É forma de manifestação do mau gosto.Isso sem falar que os bailes funk servem para ajudar a financiar o tráfico de drogas, coisa que todos sabem, com letras que fazem apologia à violência, ao crime e à prostituição", declarou a internauta Lilian Santos.


Para o leitor Marcelo Pereira Lopes, o funk está ligado à banalização do crime e à vulgaridade: "Sou completamente contrário a esse projeto (...) Quem não gosta do funk e tem a infelicidade de morar próximo a lugares onde se realizam 'bailes', não podem reclamar do barulho excessivo após as 22h, recebendo, muitas vezes, ameaças à sua integridade física. Não quero dizer com isso que todos os funkeiros estejam envolvidos com o crime ou com drogas diretamente, mas estão ligados a esse mundo ao se associarem ou se identificarem com as pessoas que nele vivem e compartilharem" .


Alguns leitores citaram outros estilos musicais na hora de dar sua opinião. Foi o caso de Sérgio Boche: "É lamentável que a música brasileira tenha chegado a esse ponto, depois de ter encantado o mundo com a bossa nova, o chorinho. Nomes como Tom Jobim, Luiz Gonzaga e Cássia Eler, entre muitos outros, foram esquecidos. Creio que seja o reflexo da falta de cultura de um país que tem um ensino sucateado pelas aprovações automáticas. O que esperar de um indivíduo que se submete diariamente a um pancadão? Pior ainda é ver nosso tributo se perder em mais uma lei 'entulho' para atrapalhar a votação de assuntos realmente importantes para a nação."


Na justificativa da proposta, Chico Alencar enfatizou que o movimento funk reúne mais de 1 milhão de jovens todos os fins de semana, apenas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Marlboro, que pediu a Gilberto Gil durante seu mandato no ministério da Cultura para que desse uma "chancela" ao funk, foi além, lembrando que o funk gera empregos. O DJ lembrou da pesquisa, divulgada neste dezembro pela Fundação Getúlio Vargas (FVG), que mostrou que o funk movimenta cerca de R$ 10,6 milhões por mês, totalizando R$ 127,2 milhões por ano. "

É impressionante como mais uma vez esta corja reacionária se insurge contra o que vem do andar de baixo. Da mesma forma que também cospem seus marimbondos para cima do Rap, da mesma forma que não consideram o grafite como manifestação de arte plástica. Os mesmos que aplaudiram o fascista que há anos atrás chutou uma escultura de areia na praia de Copacabana. Esta mesma gente, se vivesse há 50 anos atrás, diria que o samba é "coisa de criolo vagabundo". Afinal, qualquer manifestação cultural proveniente de favela e da raça negra, na ótica deste povo, não pode ser reconhecida como cultura. Acontece, que estas manifestações de cultura existem, independente dos "achismos" e merecem ser respeitadas e garantidas pelo poder público.

Da mesma forma que não se deve associar a música eletrônica ao uso e tráfico de drogas, razão pela qual, arbitrariamente, foi cancelado o reveillon da praia de Ipanema. Mas com relação à música eletrônica, por vir da Europa, ser produto de consumo principalmente das classes médias e alta, não existe este preconceito que existe com o funk e o Rap. São essa pessoas, que há 6 anos tem que tomar o sonrisal assim que acordam e, abrindo o jornal, se lembram que um ex-operário ocupa a cadeira presidencial com o maior índice de aprovação da história da república.

E para terminar, falando em preconceito contra a arte do andar de baixo: Finalmente a justiça de SP libertou a pichadora Carol, depois de 53 dias presa ( pena que não seria imposta em caso de condenação por ser um delito de pequena monta). Agora os reaças vão descer o cacete no Tribunal de Justiça. AAAAAARGH!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

UMA CENTELHA INCENDEIA A PRADARIA

Segue o link pra baixar o meu segundo CD "Uma centelha incendeia a pradaria" gravado entre 2002 e 2004, produzido por Rodrigo Marcondes Ferraz, com participações de Celso Blues Boy, Hannah Lima e Don Negrone:
http://rapidshare.com/files/173572519/DJ_Saddam_-_Uma_centelha_incendeia_a_pradaria.zip

sábado, 13 de dezembro de 2008

PARABÉNS CAROL



Caroline Pivetta da Mota completou ontem 24 anos. Deveria ser um dia de comemoração se ela não estivesse presa há quase 50 dias pelo simples fato de ter, junto com o seu grupo, pichado um galpão na Bienal de São Paulo, um espaço vazio, todo pintado de branco, que estaria disponível para intervenções do público. Esta jovem, de origem humilde, teve dois Habeas Corpus negados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Avaliando os comentários a respeito deste fato nos sites dos principais jornais, frequentados pela classe média reacionária, me causou espécie que a maioria vê com aprovação a prisão da jovem - o que não aconteceria se esta fosse filha ou neta desta gente.
O próprio Ministro da Cultura, Juca de Oliveira, enxergou esta desproporcionalidade e intercedeu junto ao Governador de SP, José Serra e aos organizadores da Bienal - que fizeram questão de colocar a jovem Carol atrás das grades - para porem um fim neste cárcere absurdo, que ocorre em um país onde gente como Daniel Dantas, condenado a 10 anos de prisão por vários delitos - entre eles corrupção ativa - e que responde a tantos outros processos, está em liberdade, aguardando o trânsito em julgado da corajosa sentença do Juiz Federal Fausto De Sanctis, que deverá, face os dois HCs obtidos por ele no STF, provavelmente anular o processo e assim, manter calado aquele que é tido como a Caixa de Pandora da República. Um país onde um PM que matou "por engano" um menino foi absolvido, avalizando a imprudência policial que mata várias crianças em comunidades carentes, mas, como são pobres, não causam tanta comoção.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

SEM TESÃO NÃO HÁ SOLUÇÃO


Dando à este post o nome de um de seus principais livros, gostaria de prestar minha homenagem ao Prof. Roberto Freire (foto), psicanalista anarquista, criador da Somaterapia, que, infelizmente, nos deixou em maio deste ano. Agora, nos sobrou o homônimo quinta-coluna e linha auxiliar da direita, presidente do PPS. Mas, vamos voltar a falar daquele que realmente importou, que através de sua terapia alternativa, baseada em Reich, conseguiu mudar a vida de muitos. Quando ele fala que "sem tesão não há solução", não se baseia apenas no caráter sexual - que é muito importante, diga-se de passagem - mas no prazer cotidiano seja ele afetivo, musical, profissional ou simplesmente gastronômico.
Tive oportunidade de assistir algumas palestras de Roberto Freire, principalmente no início dos anos 90, quando militava no movimento anarquista, que influenciou em muito meu estilo de vida e visão de mundo. O fato de eu abandonar a carreira jurídica para novamente me dedicar à música e ao rádio é uma influência direta do sentido da busca do prazer profissional. Fiz faculdade de Direito por trazer informações sólidas para aquele que tinha pretensões políticas. Não me arrependo, pois instrução e qualquer tipo de cultura sempre foram muito bem vindas ao longo do meu caminho. Agora, tenho a oportunidade de, conjugando as coisas que sempre me estimularam: a música, a política e a cultura, de experimentar um novo tipo de realização. Onde estiver, Prof. Roberto Freire, lhe agradeço, por sua contribuição na busca prazeirosa de condução da vida, que vai muito mais além do que simples conquistas materiais - que são bem vindas, lógico - mas não podem constituir o único objetivo de uma caminhada

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ainda sobre a Casa do Hip Hop e sobre os DJs

Tivemos a informação de que o imóvel que queríamos na Lapa, contíguo à FEBARJ já tem outra destinação que será dada pela Secretaria Estadual de Cultura, mas o projeto da Casa do Hip Hop continua de pé e vamos atrás de outro imóvel público, com o apoio não só de Jandira, mas tb da scretária estadual Adriana Rattes para construir nosso centro de referência

Mudando de assunto: Após conversas com várias pessoas importantes do mundo da música, entre eles, gente do porte de Tibério Gaspar, Sílvio Barbatto, Fernando Bicudo e Humberto Araújo sobre a profissão DJ, percebemos que existe uma aprovação para a idéia de o profissional dos toca-discos ser regulamentado como categoria de músico na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB). Conversei com vários DJs, de vários estilos e todos se empolgaram com a hipótese, pois, além de regulamentar, elevaria nossa atividade à condição de artista.
Existe um movimento pela regulamentação da classe com a fundação de um sindicato próprio, mas com características trabalhistas, puras e simples, esquecendo da parte artística, tão fundamental para a valorização da profissão, que não se resume somente ao estabelecimento de carga horária e piso salarial.
A via pela OMB, além de ser melhor é mais simples, pois independe da aprovação e sanção de projeto de lei. Havendo a necessidade de um aditivo junto ao Ministério do Trabalho definindo a nova categoria de músico.
É um assunto que vai dar muita discussão, pois o pessoal que defende a criação de sindicato próprio não abre mão disso. Mas na verdade, independente da solução, cria uma movimentação nesta categoria que, infelizmente, sempre teve no colega de profissão o maior inimigo. Por isso, no Hip Hop nos organizamos em "bancas", como o Opalão76 e a Eletrobase, que nada mais são que cooperativas informais, formadas por afinidades pessoais e profissionais, visando o intercâmbio entre seus membros para proporcional a evolução material e profissional de cada um, como diz o slogan do Opalão: "O individual pelo coletivo, o coletivo pelo individual".

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

VEM AÍ A CASA DO HIP HOP


Reafirmando compromisso firmado com o movimento hip hop na reunião realizada no CIC (foto), onde democraticamente ouviu propostas e sugestões, a futura secretária municipal de cultura, Jandira Feghali, garantiu junto ao prefeito eleito, Eduardo Paes, a construção da "Casa do Hip Hop", na Lapa. A idéia surgiu na reunião já mencionada, quando o Geraldinho do CIC, mencionou que estava na batalha para conseguir uma casa para transferir as atividades da ONG, que conta com pouca visibilidade pelo fato de funcionar dentro da Fundição Progresso. A casa deve funcionar no imóvel contíguo à FEBARJ, pertencente ao Estado, que hoje se encontra em péssimas condições, apesar de ser tombado, tendo inclusive, passado por um processo de escoramento da fachada, para que a mesma não desabasse. O primeiro passo será a cessão do imóvel para que a secretaria de cultura, em conjunto com o CIC, possa elaborar o projeto, que deve demorar, face ao estado deplorável do imóvel, pelo menos dois anos para ficar pronto.
O objetivo é além da instalação de um anfi-teatro para a realiação das batalhas, shows, palestras, debates e exibição de filmes, salas para oficinas, estúdio de rádio-escola e de gravação, onde funcionaria a escola de produção, além da possibilidade da utilização pelos artistas.
É proposta de Jandira, que o município crie o seu próprio selo musical, o que facilitaria a elaboração de coletâneas "Casa do hip hop" com os artistas vinculados ao projeto.
Além da "Casa", o hip hop, por iniciativa nossa, endossada por Jandira, deve ocupar com oficinas as Lonas Culturais, assim como o futuro projeto "Segundo tempo da cultura" em parceria com a secretaria municipal de educação para levar atividades culturais para as escolas, onde além dos 4 elementos, teríamos também o basquete de rua, em parceria com as duas entidades representativas.
A democracia será a marca da nova gestão da cultura do município e estaremos sempre prontos a ouvir e encaminhar as demandas não só do movimento hip hop, mas de todos os segmentos de cultura alternativa desta cidade, tão importantes, formadores de opinião, mas que nunca tiveram espaço, ignorados pelo não reconhecimento por parte dos retrógrados e conservadores ou simplesmente pela ignorância de sua existência.

Viva a casa do hip hop!!! Viva a cultura alternativa carioca!!!

AGENDA DEZEMBRO

4/12 - QUINTA - MARIUZZIN - CENTRO

5/12 - SEXTA - NUTH CENTRO /// MARIUZINN COPA /// 00 - GÁVEA

06/12 - SÁBADO - DOLCE VITA - COPACABANA /// CLUB SIX - LAPA

11/12 - QUINTA - CHOPPADA DA MEDICINA - UFRJ - QUADRA DA UNIDOS DA TIJUCA /// MARIUZINN CENTRO

12/12 - NUTH CENTRO /// CLUB SIX /// MARIUZINN COPA /// 00 - GÁVEA

13/12 - CLUB SIX /// DOLCE VITA - COPACABANA

17/12 - QUARTA - FORMATURA - COLÉGIO STO. AGOSTINHO

18/12 - QUINTA - MARIUZZIN - CENTRO /// FEBARJ - LAPA

19/12 - SEXTA - NUTH CENTRO /// 00 - GÁVEA

20/12 - FESTA CIRQUE - RIO-PETRÓPOLIS //// DOLCE VITA - COPACABANA //CLUB SIX

24/12 - COUNTRY CLUB DE NITERÓI// 00 - GÁVEA

26/12 - NUTH-CENTRO /// 00 GÁVEA

27/12 - CLUB SIX /// DOLCE VITA

30/12 - 00 GÁVEA