terça-feira, 29 de setembro de 2009

WASSUP? NESTA QUINTA NO CLANDESTINO



Algum tempo afastado da produção cultural devido aos meus compromissos na Secretaria de Cultura, estou voltando aos poucos. A primeira empreitada é a festa WASSUP? que estréia nesta quinta no Clandestino (Rua Barata Ribeiro, 111 - Copacabana) a partir das 23h. Nesta nova festa, estarei sempre recebendo um DJ convidado. Na estréia, nesta quinta (01/10)estarei recebendo o DJ Tucho (Opalão76). No dia 15/10 é a vez da DJ Flávia Xexéo ser a convidada.

Como é tradicional, rola aquela listinha amiga - R$10 de entrada até 0:30h. É só mandar os nomes para opalao76@ig.com.br até as 18h do dia da festa.

"O disco gira e o Opalão76 roda, porque jacaré parado vira bolsa"

domingo, 27 de setembro de 2009

VEM AÍ A 1ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA


Após anos de isolamento, o Rio de Janeiro finalmente se integra ao Sistema Nacional de Cultura e realiza a sua 1ª Conferência Municipal de Cultura nos dias 24 e 25 de outubro no Palácio Gustavo Capanema, no Centro. A Conferência, que irá dar as diretrizes para a eleboração do Plano Municicpal de Cultura em harmonia com as orientações do Plano Nacional de Cultura, também elegerá delagados para a Conferência Estadual.

A 1ª Conferência Municipal de Cultura, começou com reuniões preparatórias por linguagem e será precedida das pré-conferências regionais, onde haverão discussões e serão eleitos os delegados da conferência. Estas são as datas e locais:

3/10/2009 – 8 às 17h
Bangu – Lona Cultural Hermeto Pascoal, Praça 1º de Maio
Campinho – Escola de Samba Tradição, Estr. Intendente Magalhães, 160
Pechincha – Lona Jacob do Bandolim, Pça. do Barro Vermelho
Andaraí – Escola de Samba Salgueiro, R. Silva Telles, 104
Centro – Teatro Municipal Carlos Gomes, Praça Tiradentes, s/n
Copacabana – Sala Municipal Baden Powell, Av. N.S. Copacabana, 360

4/10/2009 – 8 às 17h
Campo Grande – Auditório da Faculdade UNISUAM, R. Alfredo de Moraes, 548
Olaria – Clube do Olaria, R. Bariri, 251.

17/10/2009 – 8 às 17h
Centro – Teatro Municipal Carlos Gomes, Praça Tiradentes, s/n
Copacabana – Sala Municipal Baden Powell, Av. N.S. Copacabana, 360

As inscrições poderão ser feitas até 30/09 pelo site www.rio.rj.gov.br/conferenciamunicipaldecultura

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O FIM DE MAIS UMA HIPOCRISIA



O Rio de Janeiro parece dar sinais de está começando a se livrar da sua triste tradição de hipocrisias e oportunismos políticos paliativos midiáticos. Depois de derrubar a absurda lei que causava embaraços para a realização de bailes funk e raves, agora outro ítem proibido, fruto da cidade volta a ser legalizado: o MMA (antigamente conhecido como vale-tudo).

Esta modalidade esportiva que há muito vem conquistando fãs em todo o mundo, que possui várias revistas especializadas e inclusive um canal de TV por assinatura, que movimenta milhões de dólares planeta à fora, desde setembro de 1997 estava proibida na cidade do Rio de Janeiro, berço deste esporte. Na ocasião e eu estava presente, em um torneio de vale-tudo realizado no ginásio do Tijuca Tenis Clube, no meio da luta principal da noite entre Renzo Gracie (Jiu-Jitsu) e Eugênio Tadeu (Luta Livre) houve uma pane de luz que provocou a interrupção do combate. Na sequência começou uma pancadaria na platéia e o evento terminou desta forma triste. Na época, o então Secretário Municipal de Esportes, José Moraes, reuniu os presidentes das entidades ligadas a luta na prefeitura - onde estive também representando a Liga Carioca de Jiu-Jitsu - e anunciou que por decisão do então Prefeito Luis Paulo Conde, o Vale-Tudo estava proibido na cidade do Rio de Janeiro.

É aquela velha piada: ocorreu um problema. Em vez de se procurar as causas do problema e procurar medidas efetivas de organização para que o problema não volte a acontecer, preferem proibir. Com isso gera-se o fato na mídia e atende-se aquela parcela reacionária que encara tudo como "perturbação da ordem pública". Único dos presentes a contestar de forma veemente a medida ( a Liga talvez fosse naquela reunião a única entidade não patrocinada pela Secretaria de Esportes) eu fiz a comparação: "engraçado: quantas pancadarias já tiveram em jogos no Maracanã, inclusive com mortes? E aí? proibiram o futebol?" No que fui abafado pelos puxa-sacos de plantão, que deram razão ao Secretário.

Neste sábado, dia 12 de setembro, no Maracanãzinho, o Rio terá de volta o velho e bom vale-tudo, agora altamente profissionalizado e com o nome universal de MMA (Mixed Martial Arts), com o apoio das 3 esferas do poder público. As antigas rivalidades entre as artes marciais foram superadas, uma vez que hoje em dia, um só tipo de técnica não é mais o suficiente para se conseguir a vitória, o que obriga esta trasnversalidade de técnicas, que leva um lutador a treinar com professores de outras modalidades e com isso a tensão ficou bem menor, principalmente entre as torcidas. Que o Bitetti Combat seja o primeiro de vários eventos e que ocorra na maior organização e paz possível

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A VITÓRIA DO FUNK



Deputados estaduais do Rio votaram, no início da noite desta terça-feira (1º), a favor da revogação da lei que impõe normas para a realização de eventos como raves e bailes funk em comunidades do Rio. Na mesma sessão, os deputados também aprovaram o projeto de lei que define o funk como movimento cultural.

A lei revogada nesta terça era de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia no governo de Rosinha Garotinho, e foi aprovada no dia 27 de maio de 2008

O projeto de lei aprovado será encaminhado para a sanção do governador Sérgio Cabral. Segundo a assessoria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a nova lei assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk e diz que os assuntos relativos ao estilo sejam, prioritariamente, da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura.

Centenas de funkeiros e admiradores do ritmo carioca ficaram reunidos em frente Alerj, com carro de som, aguardando a votação dos deputados estaduais.

Grandes nomes não só do funk, mas também do samba, estavam presentes nas escadarias da Alerj: Neguinho da Beija-Flor e Ivo Meirelles, que levou a bateria da Mangueira para o encontro. DJ Malboro e Rômulo Costa (fundador da Furacão 2000) comandam o movimento, enquanto MC Leonardo (presidente da Associação de Profissionais e Amigos do Funk) e MC Júnior animavam mais de 400 pessoas que se aglomeraram em frente à Alerj.

Além do nosso apoio expressado aqui no blog e em outros canais da internet, estivemos presentes, tanto na audiência pública (foto ao lado do camarada Guilherme da Nação Hip Hop), como também na votação da ALERJ. O mais interessante foi ver aquele monte de deputado que votou à favor da lei fazendo mea culpa e se dizendo "funkeiro desde crinacinha". Até o reacionário deputado Flávio Bolsonaro subiu à tribuna para dizer que "desde criança ouvia a Furacão 2000".

Bem, independente de qualquer coisa, não posso deixar de destacar a união do movimento funk (quem dera que isso acontecesse no hip hop) liderado pelo MC Leonardo à frente da APA-Funk e também a dedicação do Deputado Marcelo Freixo, que comprou o barulho e encaminhou o processo dentro da ALERJ.

Foi um momento histórico, não só para o funk, mas para a cultura brasileira, esta que no seio de sua "intelectualidade" infelizmente ainda é tão preconceituosa.