segunda-feira, 18 de maio de 2009

AGENDA

Não sou de postar agenda aqui no blog, mas diante das indagações que recebo vamos lá nas residências:

Toda quarta - Pampa Grill - Centro

Toda quinta - Mariuzinn- Centro e Alto Lapa

Toda sexta - 00 - Gávea

Todo sábado - Club Six - Lapa.

Sábado quinzenalmente - Icy Club - Ipanema

Algumas pessoas me perguntam porque não tenho tocado mais em "eventos de hip hop". Eu respondo:
1° Devido a conflitos de interesses, derivados da minha candidatura à vereador no ano passado, acabei sendo boicotado por parte dos produtores;
2° Já há algum tempo quando se referem ao meu trabalho, dependendo do lugar alegam: "ele é muito comercial" ou "ele é muito underground", quando na realidade sempre fui conhecido pela versatilidade de set que pode ser desde o underground até os "happy-hours", chopadas e festas no subúrbio e na Baixada tocando a farofada que é propícia a estes eventos;
3° No Rio de Janeiro, a sua história e o seu nome de nada valem para determinados produtores de eventos, que pra economizar R$100, R$150, preferem contratar DJs iniciantes, que nada cobram ou praticamente recebem uma ajuda de custo, sob a alegação que está "dando oportunidade a novos talentos". Quando estes DJs começam a cobrar um pouco mais, são dispensados e "novos talentos são procurados". É mais ou menos o seguinte: o cara vai fazer um evento de samba e propõem o Paulinho da Viola. Aí o cara alega: "Que Paulinho da Viola que nada! Tem o Zezinho lá da área que toca um pagode bacana, cobra 1/10 do cachê, trás uma galera da rua dele e no final dá na mesma e a gente não gasta uma grana preta"!. É mais ou menos isso.
4° Os tais "eventos de hip hop" com relação à cachê: ou pagam mal (os eventos chamados de "Zona Sul")ou não pagam nada (os chamados eventos de Rap).

Ao longo dos últimos oito anos venho me dedicando à difusão do hip hop, seja pelo rádio, seja pelos eventos pioneiros que produzi e tenho, sem sombra de dúvida uma boa contribuição para a cena estabelecida no Rio de Janeiro. Hoje, à frente das lonas culturais e dos projetos da Secretaria Municipal do Rio, tento dar mais alguns passos para a difusão dos elementos desta cultura, da qual faço parte. Várias foram as oportunidades de abertura de outras linhas de trabalho (principalmente no funk - onde fui responsável pela difusão nas boates da zona sul com o hit "Calça da Gang" e na festa Caldeirão do El Turf e na música eletrônica onde os principais DJs da cena são meus amigos) mas me mantive firme nos meus propósitos, até porque isso poderia enfraquecer a cena. Mas, de qualquer forma, me mantenho na ativa nestas cinco residências fora outros eventos que toda semana aparecem, estou produzindo e tocando de forma bimestral na festa BOOM BAP!, que lotou o Clandestino em suas duas primeiras edições e, em breve estarei iniciando o projeto TRINCA D3 em parceria com meu companheiro de Opalão76, DJ Juan e o percussionista Bruno do grupo Rio Maracatu, terei a honra neste sábado de ser um dos homenageados no tradicional Baile do Viaduto de Madureira ( pela minha iniciativa de integração das cenas black das Zonas Norte e Sul) além do retorno do site so Opalão76.

O tempo passa, passam pessoas, modas, tendências e no final das contas só os verdadeiros sobrevivem. Aos verdadeiros eu ergo um brinde! Um só caminho....

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