domingo, 2 de agosto de 2009

As histórias da "pista"

Conforme foi noticiado em primeira mão pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, em sua coluna Gente Boa do jornal O Globo, comecei a escrever um livro com o título provisório de "Na pista" - da gíria carioca que significa "na rua", "na vida", onde vou retratar as histórias que vi, vivi e ou vi ao longo de mais de 30 anos de vida. Aqui, para os amigos leitores do blog, antecipo a sinopse de uma delas:

"O M da verdade" - Havia um sujeito que andava por Botafogo, que, sem sombra de dúvidas era um dos maiores cascateiros. Vou chamá-lo pela alcunha de Menerval para preservá-lo. Dizia que era sobrinho do Roberto Carlos , que o seu pai era assessor do então governador Brizola, que por isso só assistia o jogo na tribuna de honra do Maracanã (foi visto várias vezes na antiga geral), entre outras mentiras. Mas as mais cabeludas foram ele dizendo que estava pegando onda na praia em frente ao Hotel Merdidén e o mar estava tão alto, mas tão alto, que ao furar uma onda, deu pra ver a Morada do sol do outro lado do morro. E por último: ele estava descendo a Joatinga de carro (niguém nunca o viu dirigindo algum) e perdeu o freio. Não restando alternativa, deu um soco no velocímetro e com muito custo, forçou o ponteiro até o carro parar. E o tal Menerval era um sujeiro meio marrento e queria brigar com quem questionasse suas histórias. Ele sempre usava um boném com a letra M estampada. O povo costumava dizer que era o "M da verdade".

Estas e muitas outras, até o próximo verão, em todas as livrarias, ou bancas de jornais, botequins, camelô....

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