terça-feira, 4 de novembro de 2008

O HIP HOP CRESCE NOVAMENTE


Que o Rio é a cidade da marola, isso ninguém duvida. Inclusive foi alvo de nossa última publicação.


Agora os fatos vem refutando de forma contundente o argumento de que “o hip hop já era”. Basta olharmos para a cena no eixo centro-zona sul. Esta semana por exemplo: amanhã estréia no clandestino a festa “Sessão Hip Hop” que vai ocupar todas as quartas de novembro naquele club. Na quinta, além do Reciclando Pensamentos e da Batalha do Conhecimento no CIC, na Lapa, temos a festa do DJ Kymbo na Dolce Vita em Copacabana. Isso sem falar da festa Spraysom que ocorre de forma mensal. Sexta-feira a festa Becape no 00, na Gávea, onde divido as carrapetas com o DJ Paulo Futura, vem lotando a casa desde janeiro com um público seleto. Na mesma sexta, a recente Namastê, tb na Gávea, tb vem investindo em black music e recebendo bom público, temos em Copacabana, o Clandestino com a Black Friday acontecendo há mais de um ano, a velha e boa Six continua com o Hip Hop sexta e sábado na sua programação – isso sem falar na festa Fúria Hip Hop toda sexta na FEBARJ, que acontece há 10 anos. No sábado a DolceVita volta a colocar o hip hop como carro chefe e tb vem atraíndo um bom número de clientes. Sem falar nas festas mensais Blax e Funktastik que acontecem no Cinematheque, em Botafogo. Isso porque não mencionamos as demais casas do main stream que colocaram o Hip hop como ítem obrigatório em sua programação.
A grande novidade, de uns dois anos pra cá é o estabelecimento do bounce tipo de Rap lento e quebrado, proveniente do sul dos EUA, que antigamente não caía no gosto do público e desde que Beyoncé no clipe de "check on it", mostrou pra mulherada como é que se quebrava pra valer, passou a ser ítem obrigatório na lista dos principais DJs. O hit atual das rádios deste segmento é Lil Wayne ( que está numa grande alta no mundo inteiro) com "Lollipop".

O Rap nacional, antes o patinho feio das pistas, vem tomando seu espaço e hoje, eu que batalhei nas pistas e no rádio por isso, tenho a satisfação de receber vários pedidos – principalmente de mulheres – para tocar as coisas pátrias. Destaque para Jacksom, Gutierrez, MV Bill (na foto comigo nos áureos tempos da extinta Bunker), Marechal, Black Alien ,Rappin Hood e Thaíde. Por isso que quando as pessoas vem com este papo de “o hip hip hop já era” é das duas uma: ou é um idiota alienado ou é mais um mal intencionado fazendo campanha contra por algum motivo de cunho pessoal ou profissional.


Listinha de Raps nacionais de pista:


Thaíde - “mão pra cima”
Jacksom - “motel” e “meu dindin”
Marechal – “Sua mina ouve meu Rap”
Xis – “Ei hey'
De conceito - “se virá virô”
Black Alien - “Mr. Niterói” e “Perícia na delícia”
Sabotage – Mun-rá
MV Bill - “estilo vagabundo” e “Junto e misturado”
DJ Saddam - “V.I.P.”
Hannah Lima - “Essa é pra dançar”
U time – “a idéia”
DJ Hum, Treze e Xis - “Vem comigo”
Enganjaduz - “blá blá blá”
Gutierrez - “toca nas pistas”
Da Guedes - “Bem nessa”


Baixe, escute e dance!

Um comentário:

Unknown disse...

Salve, Saddam!

Se o Hip-Hop vem crescendo no RJ, em Nikiti não é diferente. Sou residente há 8 meses aos sábados no WAXY PUB, onde toco de 1:30 às 3:00, ou seja, no pico da night. No próximo sábado, dia 8/11, vai rolar pela terceira vez o "Duelo" de DJs. Eu vou receber nosso parceiro de Opalão 76, DJ Juan para juntos fazermos o set de HIP-HOP. Apesar de não ser o único ritmo tocado na noite, o Hip-Hop já é ítem obrigatório na programação da casa.

Toquei também na Boate Unique, onde as sextas rola o projeto Black Beat sempre com um DJ convidado. Já passaram por lá Tamenpi, Juan, Lulinha além dos DJs de Niterói Rafa Marques e Fábio Neves.

É isso aí... Enquanto Zé Povin fica falando que o Hip-Hop já era, a gente vai comendo pelas beiradas...

Abraço